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Travessias aéreas reduzem em 70% em atropelamento de animais na ERS-040

Um problema constante na região nos últimos anos, o atropelamento de animais nas rodovias do Estado teve uma queda, principalmente na ERS-040, rodovia onde foram instaladas as travessias aéreas.  De acordo com a gerente de engenharia da EGR, Camila Roberta Kohler, as pontes de corda estão instaladas em seis zonas críticas da ERS-040, entre o quilômetro 13 e 16, no quilômetro 21 e entre o 39 e o 42, todos na cidade de Viamão.

Esses pontos foram definidos a partir de estudos realizados por especialistas do Núcleo de Ecologia de Rodovias e Ferrovias (Nerf) da Universidade Federal do RS (UFRGS). O trabalho também conta com a participação da equipe de Serviços Técnicos de Engenharia (STE) na execução do projeto, que faz parte das ações do Programa de Proteção e Monitoramento de Fauna da EGR.

Desde a implantação dos 21 passadores aéreos, instalados pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) em outubro do ano passado, está sendo realizado um trabalho de vistoria nos locais. As imagens captadas fazem parte da etapa de monitoramento de uso dos passadores pela fauna.  Conforme os dados registrados, entre janeiro e abril de 2023 foram registradas 80 mortes de animais, uma queda de 70%, se comparado ao mesmo período do ano passado, quando houve registro de 262 mortes.

Os critérios considerados foram os registros de mortes de animais, o número de carcaças localizadas ao longo da rodovia, o monitoramento de especialistas, o mapeamento da vegetação florestal e, por fim, a identificação do bugio-ruivo nos ambientes marginais da estrada. Segundo o diretor-técnico da EGR, Luiz Fernando Vanacor, os usuários e os moradores participaram deste levantamento, respondendo às entrevistas realizadas nas áreas favoráveis à presença desses animais. “Os locais foram previamente vistoriados em conjunto com a equipe responsável pela instalação das pontes. Todo o processo continuará sendo acompanhado pela equipe especializada e servirá como base para a atualização dos dados e estudos”, explicou Vanacor.

O diretor-presidente da EGR, Luiz Fernando Záchia, ressalta que os dispositivos aumentam a segurança da rodovia para usuários e para as comunidades do entorno, mas principalmente mitigam o impacto ambiental ocasionado principalmente pelo atropelamento de animais. “Naquela região restam alguns trechos de cobertura florestal de Mata Atlântica e a presença de animais que vivem nas copas das árvores é muito grande. Assim, as medidas adotadas pela EGR visam a preservação deles, em especial o bugio-ruivo, ameaçado de extinção”, declarou Záchia.