Reunião alinha ações de monitoramento da Influenza Aviária no Litoral gaúcho
Representantes da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), do Ministério da Agricultura (Mapa), da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e de prefeituras do Litoral gaúcho se reuniram na última sexta-feira (6), de forma online.
O objetivo do encontro foi alinhar ações e prestar esclarecimentos sobre o vírus. O Estado confirmou na semana passada o foco do vírus Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em leões-marinhos na praia do Cassino, em Rio Grande, no Litoral Sul. Antes disso, em maio, já havia sido registrado um caso, na Reserva do Taim. Vale ressaltar que as notificações não alteram a condição sanitária do Estado.
SUSPEITA NO LITORAL NORTE
Na quinta (5), a Patrulha Ambiental (Patram) da Brigada Militar (BM) foi acionada após um filhote de baleia aparecer morto na praia de Capão Novo, em Capão da Canoa. Segundo o Ceclimar, o animal, de aproximadamente 3,5 metros, é da espécie minke-antártica (Balaenoptera bonaerensis), a qual pode atingir em sua forma adulta cerca de 11 metros de comprimento e pesar aproximadamente 14 toneladas. Os agentes recolheram o animal, o qual foi levado para exames, que identificarão a causa da morte.
PREOCUPAÇÃO E ALERTA
O coordenador técnico das áreas de agricultura e turismo da Famurs, Mario Nascimento, destacou a pauta como prioritária para o agro gaúcho, e disse que os municípios devem estar alertas para o problema. A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Rosane Collares, informou que o Serviço Veterinário Oficial (SVO) está mobilizado desde os primeiros casos registrados de gripe aviária na América do Sul. “Só unindo esforços, trabalhando em conjunto, cada um na sua competência, é que conseguiremos manter os focos sob controle no Estado”, destacou. A importância da notificação rápida dos casos suspeitos para os órgãos de Defesa Sanitária e para os órgãos ambientais, como o Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) de Rio Grande, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar), entre outros, são fundamentais, afirmou Rosane.
O SVO do RS alerta para as medidas de segurança para a população. É fundamental que as pessoas não mexam e nem se aproximem de animais mortos ou moribundos. Todas as suspeitas – que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita – devem ser notificadas imediatamente. Dois telefones estão disponíveis de Whatsapp para fazer estas notificações: (51) 98445-2033 (Secretaria da Agricultura – Departamento de Defesa Agropecuária) e o (51) 98593-1288 (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura – Sema).