A Petrobras anunciou a redução do preço da gasolina em 3,2% e do diesel em 2,7%. A decisão foi informada ao mercado por meio de um comunicado. Entra em vigor a partir da zero hora deste sábado, 15 de outubro.
Segundo a empresa, a decisão considera o aumento forte das importações e também a sazonalidade do mercado mundial de petróleo.
“O aumento das compras externas vem sendo observado especialmente no caso do diesel, onde, a entrada de produtos já responde por 14% da demanda do país. No caso da gasolina, as importações cresceram 28% ao mês entre março e setembro desse ano.”
Os novos preços valem para as refinarias. Portanto, não necessariamente será este percentual de redução que chegará ao consumidor final, na bomba do posto de combustível. A legislação brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis.
“Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de petróleo, especialmente distribuidoras e postos de combustíveis.” – confirma o comunicado da Petrobras.
Mas… a Petrobras faz estimativas de impacto no consumidor:
“Se o ajuste feito hoje for integralmente repassado, o diesel pode cair 1,8% ou cerca de R$ 0,05 por litro, e a gasolina 1,4% ou R$ 0,05 por litro.”
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Gasolina
Atualmente, o litro da gasolina custa R$ 3,83 em média nos postos do Rio Grande do Sul. A pesquisa é da Agência Nacional do Petróleo.
Em janeiro, estava R$ 3,89. Em outubro do ano passado, R$ 3,50.
Diesel
Já o litro do Diesel custa em média R$ 2,92 no Rio Grande do Sul. Também conforme o levantamento da ANP.
Em janeiro, estava R$ 2,94. Em outubro do ano passado, R$ 2,89. Portanto, se houver o repasse total previsto pela Petrobras, o diesel ficaria mais barato do que há um ano. Impacto grande, considerando que a inflação gira em torno de 9%.
Política de preços dos combustíveis muda também
Nessa quinta-feira, ocorreu a primeira reunião do Grupo Executivo de Mercado e Preços. No encontro, foi aprovada a redução e também a implantação de uma nova política de preços da gasolina e diesel comercializados em refinarias.
Havia uma expectativa muito forte em relação a essa mudança, para que os preços dentro do País acompanhassem a variação no mercado internacional dos preços do petróleo, principal insumo da gasolina e do diesel. A crítica era que os preços dos combustíveis eram alterados por razões políticas,o que afeta a imagem de transparência da maior estatal do País.
“Essa política terá como base dois fatores: a paridade com o mercado internacional – também conhecido como PPI e que inclui custos como frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias – mais uma margem que será praticada para remunerar riscos inerentes à operação, como por exemplo volatilidade da taxa de câmbio e dos preços, sobreestadias em portos e lucro, além de tributos. A diretoria-executiva definiu que a Petrobras não praticará preços abaixo desta paridade internacional.”
A principal diferença, segundo a Petrobras, será o prazo para ajustar os preços aqui em relação ao preço no mercado internacional. A nova política da estatal prevê revisões de preços pelo menos uma vez por mês. Ou seja, poderá haver alta, queda e também manutenção nos preços da gasolina e do diesel nas refinarias.
Essa decisão será tomada pelo Grupo Executivo de Mercado e de Preços. É formado pelo presidente da Petrobras, diretor de Refino e Gás Natural e o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores.