Operação Wall Street termina com sete prisões
A Polícia Civil (PC), após um ano de investigações, deflagrou na manhã de quinta-feira (14), uma ação para combater um grupo criminoso responsável pela compra e venda de veículos roubados. Conforme a PC, a facção, que tem base no Litoral Norte gaúcho, chegou a abrir revendas de carros em Arroio Teixeira (Capão da Canoa) e em Novo Hamburgo, no Vale dos Sinos.
Segundo o delegado Roland Short, responsável pelas investigações, “os criminosos procuravam vítimas com dívidas em financiamento de veículos e prometiam a quitação desta. Porém, a mesma não era paga e o carro era vendido a outra vítima, ficando as duas em litígio na Justiça pela posse dos bens, enquanto que os estelionatários ficavam com o dinheiro das vendas”, explicou o delegado.
Dezenas de vítimas foram identificadas nos estados do RS, Santa Catarina e Paraná. E a Polícia acredita que possam haver mais, já que muitas delas foram ameaças pelo grupo caso procurassem ajuda. Ainda de acordo com Rodrigo, com o valor obtido, a quadrilha ostentava uma vida de luxo, com carros valiosos, passeios de moto aquático e realização de festas. Além disso, parte do dinheiro era utilizado no tráfico de drogas, sendo que um dos investigados acabou sendo preso em flagrante tentando entregar drogas, por meio de um drone, em um presídio gaúcho.
OPERAÇÃO – Denominada Wall Street, a Operação cumpriu mandados de busca e prisão em Capão, Novo Hamburgo e Porto Alegre. Ao todo, sete pessoas foram presas, sendo cinco no Litoral, uma nos Vales e outra na capital. Durante o trabalho foram apreendidos automóveis de luxo, um jet ski, diversos objetos, incluindo um notebook e celulares, além de cartões de crédito, porções de drogas e uma quantia em dinheiro, assim como documentos que serão analisados pela Polícia. Os presos irão responder pelos crimes de estelionato e associação criminosa.
