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MPE investigará suspeita de fraude em candidatura

OSÓRIO – O Ministério Público Eleitoral (MPE) ajuizou na última quarta-feira (30/10), uma ação para investigar a denúncia de fraude na candidatura de uma mulher a Câmara de Vereadores nas Eleições Municipais deste ano pelo partido Progressistas (PP). De acordo com o MPE, ela teria lançado a candidatura apenas de “maneira formal” para cumprir a cota de gênero do partido.

A Legislação Eleitoral exige que os partidos preencham 30% das candidaturas às Eleições com mulheres. No caso do Progressistas, como o partido indicou 14 nomes para correrem ao Legislativo osoriense, cinco deles precisaram ser de mulheres, incluindo Preta. Em depoimento, a investigada relatou que se candidatou ao cargo com a proposta de “ajudar as pessoas, mas que não fez Campanha”. O MPE não divulgou o nome da candidata, mas, trata-se de Preta (PP). Ela acabou não sendo votada, já que anulou o próprio voto. Além disso, a candidata não teria realizado campanha em seu benefício, visto que sequer fez propaganda em suas redes sociais.

Conforme o promotor de Justiça Luis Cesar Gonçalves Balaguez, além de Preta, os outros 13 candidatos a vereador pelo PP serão investigados, incluindo o atual vereador Miguel Calderon. Ele foi o 12º mais votado, sendo reeleito com 661 votos. Ainda de acordo com o promotor, a Ação pede, que, caso seja comprovada a participação pessoal de um ou mais nomes, que haja feita a “inelegibilidade dos candidatos pelos próximos oito anos, cassação do registro ou diploma dos eleitos”, declarou Balaguez. Vale ressaltar que a anulação dos votos do PP causaria o recálculo do quociente eleitoral partidário e alteraria a composição da Câmara de Vereadores para o quadriênio 2025-2028. Lembrando que o Progressistas fez parte da coligação Osório Vencedor (MDB, União, Progressistas e Federação PSDB/Cidadania), que elegeu seis vereadores, sendo cinco do MDB, além de Miguel Calderon do PP.