Congresso fervilha

Nunca o Congresso Nacional iniciou um novo mandato com uma grande renovação do quadro político e também com tantas atividades em andamento. A conturbada eleição de 2022 que entregou o governo ao petismo, mas felizmente renovou a velha matilha de representantes do povo evitando as mordidas no erário e nas estatais. O terreno ficou infértil para viscejar o inço da corrupção, da pilantragem e da bandidagem.

A abertura das CPIs e da CPMI deram a abertura para abrir as entranhas do atual governo e buscar extirpar a podridão que ficou encrustrada depois de décadas no poder. A ampliação de ministérios para acomodar toda a trupe da Lava Jato e de pessoal do dinheiro vivo carregado de várias formas foi criada através de medida provisória e que neste mês se extingue o prazo para votação no Congresso. Não ocorrendo a votação serão extintos 14 ministérios e seus compadres retornando ao número de ministérios do governo anterior que eram de 23 apenas e totalmente suficientes para atender às necessidades de investimentos e soluções para o país. A extinção simplesmente pela não votação da MP também evitará os enormes gastos que o governo federal vem executando, principalmente através do Ministério da Cultura, com os apoiadores da “cultura”.

A Câmara está mobilizada para que a votação não seja realizada e assim vencer o prazo da medida. Os deputados estão voltados para as discussões da CPIs e da CPMI que poderão levar a retirada do ministro da Justiça, o fanfarrão Dino, destruidor do Maranhão. Aliás o estado do maranhão após 8 anos de mandato de Dino conseguiu a marca impressionante de seu governo ao atingir a marca de 40 cidades mais pobres do Brasil entre as 56 apontadas em levantamento do IBGE.

Os congressistas estão obtendo a íntegra das filmagens de segurança da Praça dos Três Poderes dos atos do dia 8 de janeiro, material este que o magnânimo Alexandre de Moraes não requisitou para sua inquisição medieval dos atos “terroristas” de janeiro. Aliás o ministro do TSE, partir da presunção de que todos que estavam na praça e de camiseta amarela eram terroristas colocando todos no campo de concentração a pão é água. Realmente um illuminatti da Justiça.

Vários fatos estão sendo esclarecidos e outros passarão a serem checados quando ocorrerem as quebras de sigilos telemáticos de alguns ministros e certamente deveria até mesmo do ocupante da cadeira de presidente. O ministro da Justiça estava no gabinete assistindo de camarote a representação dos infiltrados, que está sendo apurado se foi caso de algo orquestrado e por quem teria comandado. Enquanto isto, os criminosos da Lava Jato estão praticamente todos soltos e alguns como o caso do mandatário ocupante da cadeira presidencial até buscando reaver o que foi recuperado pela Justiça “indevidamente” e que foram conquistados de forma “legal”.

A CPI do MST, que não será a primeira a ser realizado pelo Congresso, mas sim a primeira da atual composição deverá prosperar apontando os financiadores do movimento que aprisiona empregados e donos de terras, mata animais e destrói plantações e pesquisas que já deveriam ter o mesmo tratamento, por isonomia, que estão tendo os estão sendo acusados de “financiar” os “terroristas” de 8 de janeiro. Poderá o Congresso fazer aparecer os dois Brasis existentes. O país dos brasileiros e o país do TSE e dos ungidos pelo STF.

As votações tem sido acompanhadas de liberação de muitos recursos das “emendas e do orçamento secreto” que somente existia até o ano passado e que a velha mídia e o atual governo já rebatizaram de emendas parlamentares e emendas do relator. No final das contas iniciou o processo de “dourar a pílula” em nome do amor para que um novo mensalão e quiçá um petróleo possa vingar.

O trabalho do Congresso, de certa forma, tem sido facilitado pelo descaso o viajante errante que está mais tempo fora do país do que acompanhando o andamento de projetos importantes para a nação, e até mesmo para a “causa”. Este descaso deixa a companheirada livre para buscar de qualquer forma agradar ao mestre. No entanto, derrotas já começam a ocorrer e os constantes e desastrosos discursos do mandatário tem criado celeumas diplomáticas e até ficando conhecido como o criador de micos diplomáticos.

Nesta semana a vinda do narcotraficante Nicolás Maduro ao Brasil desagradou parceiros do país como o Chile e Uruguai que tão logo ouviram as ilações e exaltações a Maduro buscaram retornar aos seus países, que por certo consideram mais importante do que ouvir asneiras presidenciais. No Congresso a reação forte dos deputados e senadores repercutiu e foi levantada a suspeição sobre a real vinda do narcotraficante ao país.

Em apenas cinco meses de governo e a quatro de início das atividades do Congresso este último já fervilha, pois somente o mês de janeiro já foi suficiente para que os ânimos se acirrassem. Que o Congresso não se curve e faça valer de suas prerrogativas.