EDITORIAL

Urnas Eletrônicas

O Brasil pode se gabar de ter um dos sistemas mais rápidos de apuração de votos do mundo. Um sistema moderno compatível com os novos tempos em que o mundo vive com a transformação digital e toda a cibernética. Os avanços tecnológicos surgiram de homens valorosos e mentes brilhantes buscando facilitar a vida de todos, unir as pessoas num mundo virtual e conectado. Por outro lado, todo avanço para o bem também tem sua versão negra ou maléfica advinda dos novos tempos. Neste contexto nossa urna eletrônica ficou estagnada no tempo, não evoluiu. Não que a tecnologia permita avanço, mas sim a vaidade e interesses escusos de poucos a começar pelo STF de ministros ativistas que insistem num sistema arcaico e exigível atualização e fiscalização, pois são destas urnas que saem o destino do comando da nação, estados e municípios.

O voto impresso e auditável foi bandeiras do PDT, PSDB, DEM e que mudaram de opinião, até mesmo do ministro Barroso que também defendia a impressão do voto agora se diz o mais correto dos corretos e que sua vontade é a expressão da verdade. Como acreditar no sistema judiciário se há 8 dos 11 ministros do STF indicados pelo PT, 26 dos 31 ministros do STJ também são indicados pelo PT e por fim 6 de 7 ministros do STE também forma indicados pelo PT. Não há como se ver imparcialidade da Justiça em sues altos escalões diante de tamanha evidência de que integram uma ideologia partidária. Este é o resultado do aparelhamento judicial em suas altas cortes por décadas, o mesmo que fizeram no sistema gramsista na Educação do país. É a fática evidência de que o comunismo e o globalismo foi reinante nos governos de esquerda solapando direitos, infringindo a Constituição e destruindo empregos e melhorias para toda a sociedade.

O ministro Barroso extrapolou seus limites de atuação ao buscar no Legislativo fazer “campanha” contra o voto impresso, Não lhe é atribuição discutir ou intervir em decisões que cabem ao Legislativo, mas suas argumentações rendeu a troca de vários membros da Comissão de Constituição e Justiça que estavam empenhados em fazer valer a lei do voto impresso e que foi suspensa pelo próprio TSE em sua implantação num flagrante descumprimento de uma norma aprovada no Congresso.

O TSE quando da aquisição de novas urnas em 2016 estas já vinham com a impressora e estavam devidamente preparadas para realizarem o voto impresso. Onde estas impressoras foram depositadas, pois as urnas já tinham a conexão para o equipamento de impressão. Foi realizado um investimento de alguns milhões de reais nesta aquisição e onde foram parar estes equipamentos e por que não foram utilizados em adaptados para melhor o sistema. Quem fiscaliza estas compras feitas pelo TSE que envolvem bilhões e que não se cria CPI para serem investigadas a exemplo do que hoje, por solicitação do ministro Barroso estão a fazer com a CPI da Covid sobre contratos e superfaturamentos que não houve compras e pagamentos?

No jogo das urnas eletrônicas há muito mais do que uma simples adaptação. Tamanho desespero de um ministro do STF não se justifica diante da grandeza do ato e da seriedade que o momento exige. O povo merece e exige que seja o voto auditável, pois na atual circunstância em que houve invasão do código fonte por praticamente um ano e pelos resultados eleitorais que distoam de qualquer probabilidade estatística pode se afirmar que o sistema não é confiável. A tecnologia também facilita a fraude e não há sistema seguro que hackers não consigam violar e somente um ministro de tamanha ignorância e prepotência é que não consegue ver ou melhor, que não quer ver. Mas como diz a Constituição, o poder emana do povo. Que assim seja e que nossos deputados entendam que poderão ter seu recado nas urnas que eles mesmos colaboraram para serem duvidosas em seus resultados. Seus cargos estão por um algoritmo e o mesmo está o destino da nação brasileira.

OMAR LUZ

Diretor e fundador do Jornal Momento. Semanalmente publica artigos para as categorias "Editorial" e "Boca do Balão".