O Sindicato dos Servidores Penitenciários do Rio Grande do Sul (Amapergs) iniciou nesta segunda-feira (7) uma operação-padrão, nos mesmos moldes da que foi realizada no ano passado. A medida tomada, de acordo com o presidente da entidade, é em repúdio sobre o parcelamento de salários pelo governo estadual e também para apontar a falta de servidores.
O sindicato diz que terá informações sobre os reflexos da operação a partir do fim da tarde desta segunda. “Prevemos uma grande redução do serviço, afeta audiências, condução de presos, transferências de presídios… Vai fucar muito abaixo do que acontece diariamente”, resume o presidente Flávio Berneira.
Como a previsão é de que o governo pague o salário integral até 15 de março, o sindicato indica que a operação-padrão seguirá até essa data, em todo o estado. Instruções foram repassadas por meio de uma cartilha a todos os servidores.
Os serviços, de acordo com o presidente do sindicato, só deverão ser feitos se os equipamentos estiverem em plenas condições e se os agentes puderem trabalhar com segurança.
O parcelamento dos salários de fevereiro do funcionalismo foi anunciado no dia 26 daquele mês pelo secretário da Fazenda, Giovani Feltes. A medida, que desde o ano passado vem sendo adotada, é atribuída à crise financeira que afeta o estado. O magistério chegou a parar por um dia, e policiais civis anunciaram operação-padrão em represália.
O governo espera pagar toda a folha de pagamento até o próximo dia 15. A primeira parcela, de R$ R$ 1.750, foi paga no dia 29 de fevereiro. Ao longo do mesmo dia, o valor foi elevado para R$ 2,3 mil. Na última quarta (2), outra parcela, de R$ 350, foi paga. Nesta segunda-feira (7), o governo ficou de depositar R$ 400.