Número de famílias endividadas no RS tem queda

Ainda é alto o número de famílias com contas em atraso, mas resultados recentes vêm apresentando tendência de queda no indicador.

A Fecomércio-RS divulgou a edição de março da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias do RS (PEIC-RS). Os dados foram coletados nos últimos 10 dias de fevereiro e o município de Porto Alegre representa o Estado na pesquisa nacional da CNC.

De acordo com os dados, o percentual de famílias endividadas no Estado foi de 88,3%. Em março de 2023 esse percentual foi de 93,1% e em fevereiro de 2024 de 89,1%. Embora permaneça elevado, esse é o menor percentual desde novembro de 2021 (86,1%). A parcela da renda comprometida com dívidas ficou relativamente estável em 26,5%, mas percentual de famílias que se auto classificou como “muito endividados” voltou a aumentar, alcançando 28,6%. Esse percentual foi de 27,3% no mês anterior e de 22,8% em março de 2023. O tempo de comprometimento com dívidas foi, na média, de 6,1 meses, inferior aos 7,4 meses de março de 2023.

O percentual de famílias com contas em atraso foi de 36,1% – o menor desde março e 2022 (35,3%). Em relação ao mês anterior (37,7%), houve queda e, na comparação com março de 2023, (41,4%) também houve recuo. Esse comportamento se disseminou por entre os grupos de renda avaliados pela pesquisa, e, embora ainda seja elevado, tem seguido uma tendência de queda nas últimas quatro edições da pesquisa.

“Temos observado uma redução do percentual de famílias inadimplentes no RS. As condições mais favoráveis ao equilíbrio do orçamento das famílias, como a taxa de desocupação baixa e inflação sob controle, contribuem para esse cenário. Nos próximos meses, também esperamos ver os reflexos da taxa de juros na inadimplência “, afirmou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.

Já para as famílias com contas em atraso e que não terão condições de quitar nenhuma parte da dívida nos próximos 30 dias, o percentual atingiu 1,9% e foi o menor desde março de 2023 (1,8%). No mês de fevereiro de 2024 esse percentual foi de 2,1%. A manutenção desse indicador em patamares baixos tem sido importante para reduzir os riscos relacionados à persistência da inadimplência no mercado de crédito.

Presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. – FOTO: Andressa Pufal