NOTAS CURTAS

Trabalho está sendo realizado na região Central de Morrinhos do Sul.

OBRAS – A prefeitura de Morrinhos do Sul está trabalhando na recuperação e reforço da contenção do Rio dos Negros, no trecho do Centro da cidade. Está sendo realizada concretagem da base do leito em um trecho de 120 metros, bem como a instalação de painéis de concreto em pontos que haviam desmoronado.

As melhorias vão garantir ainda mais a segurança da população contra enchentes. As obras se tornaram necessárias após as fortes chuvas do mês de maio, que atingiram mais de 850 milímetros de chuva na região e causaram desmoronamentos na estrutura original da contenção do rio.

ESTRADAS – A prefeitura de Três Forquilhas, por meio da Secretaria de Obras do município, divulgou nesta semana a interrupção parcial da estrada da Barragem do Limeira, no interior da cidade. O trecho sofreu diversos danos devido às fortes chuvas que atingiram a região nos últimos dias. Com isso, a via fica liberada apenas para a passagem de veículos leves.

Já a Estrada do Retiro voltou a ser liberada após o trabalho das equipes da Secretaria. Parte da via havia sido levada pelas chuvas. No local foram colocados novos tubos com maior vazão de água e feito o alargamento da pista por se tratar de um trecho de curva.

Placas de sinalização foram colocadas para alertarem motoristas.

PÓRTICO – A prefeitura de Mampituba enviou ao Governo Federal um Projeto para a construção de um pórtico nas entradas da cidade. De acordo com o Município, a estrutura “vai além de servir como elemento de identificação e boas-vindas” e visa tornar a região mais atrativa, principalmente para os visitantes e turistas.

NOVOS RECURSOS

Equipes do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) iniciaram nesta semana a limpeza dos municípios atingidos pela enchente no RS. Até o momento, foram destinados R$ 36,9 milhões para 65 cidades. Dessas, nenhuma fica no Litoral Norte gaúcho. No total, o MIDR já liberou para a Defesa Civil do Estado a quantia de R$ 233,8 milhões.

DOAÇÕES – O Acqua Lokos, em Capão da Canoa, segue ajudando as famílias atingidas pela enchente no Estado. Cerca de um milhão de litros de água potável já foram enviados para diversos municípios gaúchos. Além dos caminhões-pipa, pessoas com galões e garrafas estão indo ao parque aquático para retirada de litros de água.

O local também está recebendo doações, que que valem cortesia para acessar o parque. Neste final de semana a arrecadação será de fraldas infantis. Lembrando que a hospedagem em hotéis parceiros do Acqua Lokos também dá direito a cortesia para visitar o parque.  Vale ressaltar que nesta época do ano o parque está aberto somente aos sábados, domingos e principais feriados, das 10h às 17h, com as Áreas Diversão e Fazenda disponíveis.

Caminhões-pipa levam água potável produzida no parque para cidades atingidas pela enchente no Estado.

SEGURO-DESEMPREGO

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) liberou na terça-feira (21), a primeira parcela adicional do Seguro-Desemprego para os trabalhadores dos 336 municípios que foram decretados em estado de calamidade pelo Governo Federal. Quem, por exemplo, recebeu a última parcela em abril, terá direito a essa primeira parcela adicional. Já em junho, o trabalhador receberá a segunda e última parcela adicional.

O trabalhador pode consultar se tem ou não direito a receber, ligando para Central de Atendimento do Ministério do Trabalho e Emprego, no telefone 158. A consulta pode ser realizada informando o número do CPF ou o número do PIS. As informações também podem ser consultadas na Carteira de Trabalho Digital, no portal Gov.br; nas unidades de atendimento do MTE; nas agências do Sine ou na Caixa Econômica Federal, por meio do telefone: 0800 726 0207. A estimativa é que as parcelas adicionais beneficiarão 139.633 mil trabalhadores, com a liberação de R$ 497,8 milhões.

CARRETA SOLIDÁRIA

Aproximadamente 80 comunidades indígenas foram atingidas pelas cheias no RS. Segundo o Governo do Estado, a necessidade de auxílio às vítimas tem mobilizado empresas, pessoas comuns e entidades, que arrecadam água, agasalhos, produtos de limpeza e higiene, colchões, alimentos não perecíveis, comida para pets, remédios e tudo que possa auxiliar a minimizar as perdas na região.

Várias empresas têm se dedicado na logística de distribuição das arrecadações, incluindo a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares do Brasil (Conafer). Para transportar as doações, a Conafer recolocou na estrada a carreta solidária, projeto iniciado no ano passado em decorrência das fortes chuvas em Santa Catarina (SC). Cinco carretas já levaram mantimentos para seis aldeias da etnia Guarani Mbyá. A sexta carreta partirá em direção ao Litoral Norte gaúcho, onde atenderá as aldeias Guarani localizadas nos municípios Maquiné, Osório e Torres.

Carreta Solidária trará alimentos a três cidades do Litoral Norte.

A situação mais complicada é em Maquiné. Localizado em uma área densa de Mata Atlântica, o município teve as plantações e a produção de alimentos prejudicadas pelas fortes chuvas, as quais também destruíram estradas, pontes e acessos, trazendo muitos prejuízos para os moradores. O cenário pode ser registrado pela aldeia Mbyá-Guarani Guyra Nhendu (Som dos Pássaros). Situada em uma área particular cedida para a permanência da comunidade indígena, a comunidade enfrenta muitas dificuldades de acesso a direitos básicos, principalmente a falta de moradia segura.

Como as edificações são precárias, a intensidade das chuvas trouxe muitos danos, mesmo que as áreas não sejam atingidas diretamente pelos rios. Há a necessidade, ao menos, da construção de três novas moradias. Vale ressaltar que, atualmente, a aldeia conta com cinco famílias, totalizando 21 pessoas, entre dois e 65 anos de idade. Infelizmente, a ajuda não tem chegado na Guyra Nhendu, que enfrenta também a insegurança alimentar e dificuldade de gerar renda. Boa parte do plantio de alimentos foi perdido em função do clima, e a venda de artesanato, que é única fonte de renda dessa comunidade, fica totalmente paralisada, ampliando ainda mais as dificuldades.

Aldeia Guyra Nhendu vive “isolada” no interior de Maquiné.