Mulher como sustentáculo da humanidade

Hoje se faz um dia de reflexão do papel importantíssimo da mulher ao longo de séculos. Mesmo com a toda a rusticidade do homem ao longo deste tempo a mulher foi superando sempre as dificuldades exercendo papel secundário, mas preponderante para o crescimento da humanidade. A incompreensão de seu modo de ser sempre fez com que fosse subjugada pelo provedor da família.

Passado guerras, pandemias, desastres e tantas outras circunstâncias a única deferência que recebia era de que primeiramente deveriam ser salvas junto com a prole e o homem ao sacrifício e a luta em guerras ou adversidades maiores. A mulher por sua vez foi despontando sua força de trabalho, de intelectualidade e de cuidado na educação e saúde para com os seus. Assim este trabalho tão pouco valorizado por centenas de anos ainda hoje, mesmo com as conquistas de liberdade obtidas ainda é motivo de preocupação de uma sociedade que ainda não se vê igualitária em gênero ou raça.

O Brasil infelizmente ainda apresenta índices elevados de casos de feminicídios (outrora também classificado como homicídio) embora a denominação pouco importa diante do que as leis deveriam abranger e proteger. Ainda temos em nosso meio jurídico a “legítima defesa da honra” como sendo um passaporte para o feminicídio. Esta imoralidade jurídica, que não foi banida da legislação, se poderia imaginar se a mulher também tivesse este “direito”. A promiscuidade masculina certamente seria castigada e certamente muitos destes iriam refletir muito antes de cruzar a linha perigosa da traição. Mas tanto quanto pior é vermos políticos não só na promiscuidade com a gestão pública, mas da que envolve o mundo das sombras que hora o outra se descortina. É assim que muitos pensam e agem contra as mulheres e o que o deputado estadual paulistano Artur Du Val, vulgo “mamãe falei” revelou o quanto pode ser desprezível um ser contra a vulnerabilidade das mulheres, principalmente neste caso de refugiadas ucranianas.

Neste Dia Internacional da Mulher é importante pensar e agir contra ações como a do deputado paulista que revelou seu mau caratismo e que um de seus amigos não suportando tamanha desconsideração vazou para as mídias sociais. A mulher é sim um desejo latente do homem, mas não um objeto de uso e descarte como muitas vezes quer se fazer crer. O ser feminino é também a fonte da humanidade, de força de trabalho, de dedicação, de solidariedade e em sua grande maioria educadoras em casa e nas escolas. É a fonte de amor e proteção aos filhos e por muitas vezes a provedora da família e o motivo de integração do núcleo familiar.

O globalismo está aos poucos destruindo a imagem da mulher, algo que o feminismo vinha gerando em busca de concorrência com machismo. Deixou-se de ver a mulher como indivíduo que tem poder e potencial para exercer funções e atividades além das familiares para estar ao lado dos indivíduos masculinos. Não são entes opostos, mas que se complementam e se fortalecem em simbiose e, caso não assim ocorra podem ambos seguirem seus caminhos em busca de seus objetivos e vontades próprias.

Este é um dia para saudar a resistência e toda a força que as mulheres tiveram ao longo do tempo suportando as agruras dos comportamentos discriminatórios, mas que hoje já conquistaram o esforço e dedicação de ambos os sexos para uma convivência e tolerância pacífica e de crescimentos pessoal. Infelizmente vemos na política, onde estão pouco representadas e de certa forma mal representadas quando estão atuando na política, um elemento nocivo como este deputado paulista que não merece ter seu nome novamente aqui citado.

As mulheres foram e sempre serão o sustentáculo da humanidade, pois o velho ditado dizia atrás de um grande homem há uma grande mulher e que agora já está posicionada ao seu lado.