Médico responsável por causar acidente que vitimou adolescente de 15 anos irá a júri popular

A 1ª Vara Judicial de Santo Antônio da Patrulha decidiu que Leandro Toledo de Oliveira irá a julgamento popular. O médico, de 43 anos, foi o responsável pelo acidente de trânsito que resultou na morte de Barbara Andrielli Mendes de Moraes, na época, com 15 anos de idade.
A decisão foi assinada pelo juiz Rafael Gomes Cipriani Silva, na última sexta-feira (11). Além disso, a Promotoria de Justiça de SAP solicitou que parte do processo seja encaminhado à Justiça Federal, devido a omissão no registro de Boletim de Ocorrência (BO) por parte de três policiais que atenderam o caso. Na época, o trio demorou 85 horas para registrar o acidente.
Mais de um ano e três meses depois do episódio, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) concluiu que os agentes descumpriram o manual de acidentes da corporação ao não registrarem o fato imediatamente, sem contar o fato de não realizarem o teste do etilômetro em Leandro imediatamente. Diante dos fatos, foi definida a suspensão de dois dias para um dos agentes que atenderam a ocorrência no local. O outro recebeu suspensão de um dia. Para o terceiro, que coordenava a guarnição desde a base, a punição foi uma advertência. Um dos policiais chegou a ser indiciado pela Polícia Civil (PC) por prevaricação — quando um funcionário público deixa de realizar sua função. Depois, o nome dele foi retirado do processo principal para que responda ao Judiciário federal, sendo o caso também analisado pelo Ministério Público Federal (MPF).
O CASO
Bárbara retornava com o pai, a mãe e um amigo para a casa, em Tramandaí, na madrugada de 03 de março de 2019, quando a moto que estava foi atingida por um veículo em um trecho da BR-290 (Freeway), em Santo Antônio da Patrulha. A colisão acabou tirando a vida da adolescente, além de deixar feridos os seus pais e o amigo.
Leandro estava dirigindo a BMW que acabou colidindo na moto que estava Barbara e também no outro veículo, onde estavam os pais da jovem. O médico chegou a arrastar a adolescente por aproximadamente 75 metros, antes de parar o carro. Não bastasse tudo isso, o acusado apresentava sinais de embriaguez e estava dirigindo com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa.
Em junho de 2019, a Justiça de SAP tornou o médico réu por homicídio doloso eventual (quando se assume o risco de matar) duplamente qualificado e outras três tentativas de homicídio, com o réu passando a responder em liberdade, o que segue até hoje. Vale ressaltar que o julgamento ainda não tem uma data definida.
CRÉDITO: Divulgação