MAIS CARROS E MENOS ECONOMIA

O Brasil nos primeiros meses deste ano apresentava um índice de endividamento da população atingindo quase que 50% de inadimplentes segundo dados do Serasa. Da mesma forma está se verificando que a população idosa aposentada aumentou seu grau de endividamento através de empréstimos consignados que lhes compromete a renda e por consequência limitando a possibilidade de custear tratamento de saúde. Tanto foi assim que o ocupante da cadeira presidencial chegou a anunciar uma redução dos juros do consignado em 1,7% e também do cartão do consignado em 2,62% ao mês gerando uma reação dos bancos, inclusive Banco do Brasil e Caixa que suspenderam esta linha de crédito.

Estando a população endividada e na atual conjuntura inflacionária e de juros elevados o governo deveria tomar atitudes drásticas para o corte de despesas e reduzir os riscos da economia entrar em colapso. Diversas empresas de pequeno e também grande porte estão indo a falência, assim como há fortes indícios de fraudes em grandes empresas que geram incertezas no mercado de trabalho e na garantia de emprego. A atual situação da economia brasileira parece estar vivenciando uma segunda pandemia, não de saúde, mas de credibilidade e responsabilidade social.

O governo agora acena com redução de impostos para montadoras de veículos para modernização da frota, esquecendo-se de que no atual nível de desemprego e de endividamento das famílias comprar carro se torna um luxo, até mesmo que este esteja com valor acima de R$ 50 mil. Uma situação criada para beneficiar as grandes montadoras como outrora fizeram com a compra de votos no Congresso para aprovar PECs de redução de impostos para este mesmo seguimento, algo até mesmo ventilado durante a Operação Lava Jato.

O povo brasileiro precisa sim de remédios mais baratos, comida mais em conta, tarifas públicas mais justas e ampliação da faixa de isenção do Importo de Renda de modo a garantir uma renda maior, além de políticas sociais para a população mais pobre.

O projeto de subsídio para compra de automóveis nestes dois meses de vigência, significarão uma perda de arrecadação de mais de 1,7 bilhão de reais, valor este que poderia ser investido para redução de juros dos consignados, para investimento na saúde pública e na geração de emprego. Também poderia ser para baratear combustíveis, pois com isto se tem transporte mais barato dos alimentos e para quem depende deste para seu trabalho. O mesmo aconteceria para redução das passagens de transporte público urbano do qual milhões de brasileiros dependem para se deslocar para o trabalho.

Este subsídio para automóveis é para bancar o luxo de quem quer e tem condições de adquirir um carro novo, bem como o caso da presidente oculta que dispendeu milhares de reais em móveis para o Palácio da Alvorada e bancar suas extravagâncias nas viagens internacionais com uma grande comitiva.

O governo está a fazer a economia às avessas gastando muito e aumentando a carga tributária e ao mesmo tempo elevando os impostos como o está fazendo com o ICMs sobre os combustíveis e extraindo do salário do trabalhador com o Imposto de Renda.

A custa de escândalos e da distribuição de recursos em várias frentes para justificar a existência de 32 ministérios e toda a equipe e ao mesmo tempo fazendo com que o Exército reduza seu contingente como se estivesse a preparar para implantar definitivamente um regime totalitário e devastador de esquerda como fez países vizinhos.

A economia está a sucumbir enquanto falsas notícias são colocadas diariamente de que se está construindo um país melhor, mas seria para quem? Para a população certamente que não se pode entender, pois a inflação galopa e o endividamento com as contas básicas atingem índices alarmantes como a inadimplência em conta como a de consumo de água, energia, internet e combustíveis.

Enquanto se beneficia um setor de luxo se desqualifica toda a cadeia de mobilidade urbana com o aumento de tarifas de ônibus, trem ou metrô. E o Agro, quem mesmo respondendo por mais de 35% do PIB é demonizado por produzir alimentos em quantidade e qualidade e de preços acessíveis é atacado como fascista. Este com certeza não deve ser o Brasil que queremos e muito menos com a Democracia que se sonha.