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Estudante osoriense está entre as finalistas da Etapa Nacional do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo

OSÓRIO – A estudante do Instituto Federal do RS (IFR), Campus Osório, Amanda Ribeiro Machado, foi selecionada entre os cinco finalistas da etapa nacional do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo (Stockholm Junior Water Prize – SJWP). O Prêmio foi criado em 1997 pelo SIWI – Instituto Internacional de Águas de Estocolmo (Stockholm International Water Institute). O anúncio foi realizado na tarde de segunda-feira (24), nas redes sociais do SJWP Brasil.

Com isso, Amanda repete o feito de outras duas alunas do IFRS, Campus Osório. Na última edição do Prêmio, as estudantes Camily Pereira e Laura Drebes também foram selecionadas e acabaram conquistando o Prêmio Excelência no Jovem da Água de Estocolmo, o que equivalente ao segundo lugar da competição, participando da premiação na cidade de Estocolmo, capital da Suécia.

PROJETO SELECIONADO

Amanda irá concorrer a uma vaga para disputar a etapa mundial, juntamente com outros quatro estudantes brasileiros, sendo a única gaúcha entre os selecionados. Ela foi selecionada devido ao projeto ‘BIOGRAPE: Inovação para o Tratamento de Efluentes Têxteis a partir de Celulose Bacteriana do Vinho’. Orientado pela professora Flávia Twardowski, o trabalho tem como objetivo otimizar a produção de celulose bacteriana a partir dos resíduos agroindustriais oriundos do processamento de vinho para usá-lo como adsorvente de efluentes têxteis.

Durante a pesquisa, foram produzidas celuloses bacterianas a partir do resíduo agroindustrial do vinho, de uva tinta Merlot. As celuloses bacterianas foram testadas quando às suas espessuras, rendimento, Stress, alongamento à ruptura e Módulo de Young. Para sua aplicabilidade, as melhores celuloses foram colocadas em contato com solução do corante sintético índigo carmim. A solução, com as celuloses, permaneceu por 24 horas em agitação. Após, foi realizada a leitura em espectrofotômetro. Todas as amostras apresentaram resultados de remoção do corante, próximo ou acima, de 90%. Sendo assim, o projeto mostra relevância ambiental, social, científica e tecnológica ao utilizar resíduos agroindustriais da uva em processos biotecnológicos para o tratamento de efluentes têxteis, custando somente R$ 0,23.