“Nunca tinha visto isso, é inacreditável“. Essas são as palavras da moradora de Porto Alegre e veranista de Cidreira, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, Valdete Groff de Azevedo. No domingo passado (11), ela recebeu a notícia de que bandidos literalmentelevaram a casa da família, na Rua Um, próximo à beira mar, na área central da cidade. Uma ocorrência foi registrada na terça-feira (13) na delegacia local. O delegado Alexandre Souza já está investigando o caso incomum e alguns suspeitos já estão sendo identificados.
Furto
Quando se fala em residência na área criminal, logo se pensa em furto de objetos. Mas a surpresa dos policiais ao registrar a ocorrência foi de que se tratava do furto de uma casa inteira. Valdete recebeu uma ligação de um vizinho na praia sobre pagamento em atraso de pedreiros. Ela estranhou porque não estavam fazendo obras, mas a moradora insistiu e relatou o fato.
“Não acreditei, fiquei tão triste quanto surpresa. A que nível chegou a criminalidade. Nunca tinha visto isso. É inacreditável. Fomos direto para Cidreira e só restaram o alicerce da casa da frente e as paredes da casa dos fundos, que é de alvenaria”, relata a veranista.
Segundo a vizinha da família que teve a casa levada pelos bandidos, dois homens chegaram no local há 20 dias e disseram ser da família. Depois de abrir a casa, a dupla colocou os móveis dentro de um caminhão. Um dia depois, eles contrataram dois pedreiros para retirar o telhado, forro e as aberturas.
Em outra etapa, todas as madeiras foram derrubadas e colocadas no caminhão, que tem placas da Capital. Também levaram a cerca e o portão. Na parte da frente do terreno, ficou só o alicerce e nos fundos, apenas as paredes de uma segunda residência de alvenaria. No entanto, os pedreiros procuraram vizinhos da família em Cidreira para reclamar que não tinham recebido o restante do pagamento. Foi quando a dona de uma pousada, ao lado da casa levada pelos criminosos, ligou para Valdete para informar sobre o caso. Segundo a veranista, a mulher até desconfiou, mas jamais imaginou que poderia ser uma ação de criminosos.
A família não tinha seguro e esta é a terceira casa que eles haviam construído neste local. O terreno eles têm há 40 anos e a casa de madeira foi construída há 15 anos. Além disso, já haviam sofrido arrombamentos e furtos, sendo o mais recente neste inverno.