O Rio Grande do Sul receberá do Ministério da Saúde, a partir de outubro, mais recursos para a saúde. Durante evento com a presença do presidente Michel Temer no Palácio do Planalto, em Brasília, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, confirmou repasses de R$ 120 milhões para 27 hospitais filantrópicos, por meio da habilitação de novos serviços, e a qualificação de seis Unidades de pronto Atendimento (UPAs), que receberão juntas um total de R$ 3,2 milhões por mês, sendo R$ 1,8 milhão do governo federal e R$ 1,4 milhão pelo Estado.
No encontro também houve o anúncio que os hospitais filantrópicos poderão renegociar suas dívidas com a Caixa Econômica Federal. Para todo o país, serão destinados R$ 1 bilhão, que beneficiarão 99 UPAs e 1.401 novos serviços em hospitais filantrópicos e aquisições de medicamentos.
Segundo o secretário estadual de Saúde do Estado, João Gabbardo dos Reis, os anúncios são importantes neste momento de recursos limitados porque permitem melhorar a oferta de serviços à população. Ele explicou que os valores servirão para suprir serviços que estavam sendo custeados por municípios e o estado. “Traz um alívio e permite que novos investimentos sejam feitos”, enfatizou Gabbardo.
Em relação aos hospitais, os recursos servirão especialmente para a abertura de novos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e serviços de radioterapia e quimioterapia. No caso das UPAs, as unidades já estão operando, porém, sendo custeadas apenas pelos municípios. As unidades estão localizadas nos municípios de Bento Gonçalves, Santa Maria, São Leopoldo, Sapiranga, Tramandaí e Viamão. “É muito importante o aporte por qualificar esses serviços, que têm como foco o atendimento de emergência e de média e alta complexidades”, explicou o secretário.
Em relação a abertura de renegociação das dívidas dos hospitais filantrópicos, Gabbardo considerou a medida vital para a gestão das instituições. Isso porque muitos hospitais enfrentam o desequilíbrio financeiro e a renegociação permitirá a ampliação dos prazos e redução dos juros.
A Famurs, por meio de nota, questionou os anúncios, citando inclusive que as unidades seriam em outras cidades. “A espera pela habilitação dessas UPAs pode chegar a 9 meses e já causou um prejuízo de R$ 11,5 milhões aos seis municípios, conforme dados da Área Técnica de Saúde da Famurs”, constou a nota. Segundo o secretário, o governo tem atuado na busca de recursos. “Conseguimos resolver parte dos problemas. Era o possível no momento”, afirmou.