EDITORIAL

ARROZ PARA DESTRUIR O RIO GRANDE

O Governo Federal está ocupadíssimo em importar arroz num total de mais de um milhão de toneladas a um valor de 6,9 bilhões de reais. A tragédia do estado está servindo de oportunidade para que dinheiro do povo seja enviado para fora do país para quem possui mão-de-obra escrava e o descondenado possa fazer política sobre a desgraça alheia.

Este valor se comprasse o arroz gaúcho e isentasse o mesmo de impostos, assim como o ICMS do estado, faria com que este valor se salva os produtores de arroz e toda a cadeia que movimenta esta cultura em nosso estado. O RS tem 80% da produção nacional e já foi confirmado de que a atual safra permitirá o abastecimento nacional sem que haja escassez do produto. A atitude governamental é um ataque ao estado e a sua economia já que tem somente anunciado auxílios e estes estão demorando a chegarem à população. Na pandemia, o governo federal através da Caixa rapidamente permitiu a todos o acesso rápido ao Auxílio Brasil e também, a outras ações que minimizaram e mantiveram empregos em todo o país. Agora este governo onde o problema está centrado em uma unidade federativa não consegue agilizar ações para reconstruir o estado e ainda interfere a gestão do Govenador nomeando um interventor que sabidamente não é a pessoa qualificada para isso.

Esta compra de arroz de forma extemporânea demonstra que o Governo rapidamente arquitetou um plano de destruir o estado e quem sabe mais esteja em jogo ainda diante da morosidade e a demorar em enviar recursos e órgãos para atendimento à população atingida. Isso ficou evidente na tentativa, tanto do governo e de seu interventor em tentar descaracterizar e demonizar o trabalho dos voluntários que foram quem realmente salvaram milhares de pessoas ao longo dos dias mais trágicos da enchente.

Não bastasse este acinte contra a economia do nosso estado está sendo verificado que a compra de arroz importado possa ser um cartelização e uma possível fraude de desvio de recursos. Estes R$ 6,9 bilhões poderiam ser direcionados para a reconstrução de cidades inteiras e, no entanto, o governo federal chegou ao ponto de divulgar que iria enviar pouco mais de R$ 300mil para cada cidade reconstruir as estruturas públicas de saúde, educação, mobilidade e segurança, além do atendimento às famílias desabrigadas.

Estes R$ 6,9 bilhões não seriam a solução para todos os problemas gerados com as enchentes, mas causa estranheza na rapidez com o presidente da Conab, ex-deputado Adão Preto (PT) agilizou esta compra sem que houvesse a necessidade e a urgência da mesma. O governo federal ainda não realizou nenhum repasse de dinheiro ao governo do estado, sendo apenas oque vai deixar de extrair dos cofres estaduais com o pagamento da dívida eterna para com a União. Isto significa que nenhum recurso vindo dos cofres da União será entregue ao Estado para serem empregados na reestruturação das cidades e do próprio Estado. Os recursos anunciados nos passeios do descondenado sobre as ruínas das cidades, somente irão chegar através do interventor e, certamente irão servir para campanha política, uma vez que já se demonstrou incapaz e que somente está preocupado com fake News por que não se aceita as versões oficiais, diante da realidade que o povo está vivendo. Isto sem falar nos prefeitos companheiros como de Canoas e São Leopoldo que enganaram a população sobre a segurança de que não haveria inundação e, no entanto, esconderam que não realizaram as manutenções dos diques e casas de bombas.

O Governador considerou que o Governo do descondenado faria como de Bolsonaro que enviou ao tesouro do estado e de municípios bilhões para enfrentar a pandemia, algo que aliviou o caixa e até pode colocar os salários do funcionalismo em dia. Ledo engano e que poderá custar ainda mais vidas de gaúchos pela demora em levar soluções e a ações a todos os municípios afetados, não tendo a mesma “sorte” que teve em sua gestão anterior quando o tesouro do estado foi irrigado com recursos da União.

A Justiça deve proibir esta compra de arroz importado, pois este não se trata da necessidade maior do povo gaúcho e ainda retira mais recursos dos cofres da União abrindo brechas para desvios. Nosso Estado não merece esta atitude que é uma demonstração de que querem destruir nosso estado.