GERALREGIÃO

Áreas turísticas no Litoral correm risco de desabar

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) alerta os turistas que desejam frequentar alguns pontos turísticos de Torres. Um levantamento divulgado no último dia 15 deste mês, apontou risco de deslizamento em alguns locais. O trabalho faz parte do projeto Avaliações Geotécnicas em Atrativos Geoturísticos.

Conforme o relatório apresentado, foram analisados o Parque Estadual José Lutzenberger (conhecido como Parque da Guarita) e o Caminho da Santinha (Calçadão que liga a Prainha e a Praia da Cal, abaixo do Morro do Farol). Vale ressaltar que o Parque da Guarita foi todo mapeado, mas só teve detalhados os locais de maior relevância: Torre Sul, Torre da Guarita (Sentinela), Bico do Luiz, Furna do Diamante, Saltinho, Portão e a Trilha Verde.

GRAUS DE PERIGO

“Os perigos geológicos encontrados em Torres são resultado de diversos fatores que, quando conjugados, acabam por exigir atenção”, explicou o pesquisador em Geociências, Anselmo Pedrazzi. Segundo ele, entre os processos que podem ocorrer na região, estão: tombamento de colunas rochosas, queda livre e rolamento de blocos rochosos, desplacamento de lascas de rocha, deslizamento planar e rastejo.

De acordo com Anselmo, as áreas críticas foram qualificadas como tendo grau de perigo “alto” (P3), sendo o alerta maior para a Torre da Guarita (sentinela – pináculo que fica no meio da Prainha) e da Torre do Farol, que têm grau de perigo “muito alto” (P4). “É possível manter o acesso a essas áreas pelos turistas e frequentadores do parque, desde que as medidas necessárias sejam colocadas em prática, para que ocorra da forma mais segura possível”, disse Anselmo. Uma das principais recomendações do estudo, para reduzir os riscos, é remover um resquício de laje de concreto armado deteriorada na face leste da Torre da Guarita, que apresenta risco iminente de colapso. Pedrazzi também destaca que uma das medidas mais importantes é informar a população e os frequentadores dos locais avaliados sobre os perigos a que estão sujeitos. “As pessoas têm o direito de saber o grau de perigo a que estão expostos”, destacou o especialista.

CRÉDITO: Divulgação