Aproveitadores de tragédia
O Rio Grande do Sul foi devastado pelas adversidades climáticas de maio, algo que já entrou par aa história como a maior tragédia e enchente do nosso estado. Algo que era previsível pelas autoridades, mas desacreditado em seu poder destruidor que estava por vir. Uma situação marcada por falhas, inoperância do Estado e de municípios e descaso na manutenção do sistema de prevenção de cheias. Pior ainda quando se sabe que comportas de pelo menos seis barragens foram abertas simultaneamente para que se evitasse o “pior”. As barragens, diante da tecnologia de previsão meteorológica já deviam estar sendo abertas preventivamente e não como salvação da barragem somente. Um fato agravante diante da magnitude das chuvas e das cheias em todas as partes do estado. Falhas como a do prefeito de Canoas que em vez de alertar para uma desocupação de bairros inteiros preventivamente alertou que não haveria perigo e, no entanto, poucas horas depois centenas de famílias foram surpreendidas com a cheia chegando a mais de 2 metros de altura.
O número de vítimas poderia ser menor, os prejuízos também poderiam serem reduzidos caso as cassas de bombas e diques tivessem sido verificados após as cheias de setembro e novembro de 2023 e janeiro de 2024. Um descaso, tanto quanto o que poderá vir a ocorrer neste fim de semana onde estão previstas fortes chuvas e as ruas cheias de entulhos e sistemas de drenagem entupidos com lodo e lixo e o que se espera é que mantenham as bombas de drenagem prontas para uma nova emergência se necessário.
A tragédia se consolidou, mas mesmo ainda durante a enchente já havia indícios de saques, arrombamentos e até mesmo roubo de jet-skis e barcos para roubarem nas casas e lojas alagadas. A bandidagem não para nem mesmo numa tragédia destas proporções. Reforços policiais tiveram de ser acionados para evitar assaltos e permitir que os voluntários prosseguissem salvando vidas e sem ter de molhar os jet-skis e lanchas novinhos dos bombeiros. Coube ao sucateado exército e aos seus recrutas zero auxiliarem no que desconheciam e sem comando e somente depois aparece o Pimenta como interventor para tentar se mostrar politicamente o fracassado deputado e que está à beira de ser defenestrado do governo federal. Preocupado com as fake News para não revelarem a sua incompetência e sua intenção política para o Rio Grande logo falou muito e nada fez do que tumultuar e escantear o governo estadual e os prefeitos que precisam de recursos par assistirem suas comunidades de modo a restaurar o mínimo de normalidade com os voluntários e a grande ajuda de outros estados e municípios. O governador Eduardo Leite achou que seria o mesmo quando da pandemia que recebeu bilhões do governo federal e que conseguiu “reequilibrar” as contas do Estado, “melhorando o fluxo de caixa”.
Ludibriado, o governador teve de se virar com o pouco ou nada que recebeu, “deixa que eu sou canhoto” e assim está buscando se colocar melhor na foto de quem está recuperando o estado.
Mas enquanto o Pimenta se preocupava com fake News, o governador se preocupava com sua aparição diante dos holofotes e os prefeitos da região metropolitana em nada resolviam sobre a falha cometida de não revisão do sistema de diques, mesmo depois das três ultimas e recentes cheias a bandidagem foi tomando conta e os aproveitadores se locupletando com as doações. A ajuda humanitária vinda de vários estados, de grandes e pequenos empresários, de cantores, de influenciadores digitais estava sendo entregues a entidades sérias, a igrejas ou diretamente das mãos dos voluntários que viam a realidade diante de seus olhos. Mas eis que os prefeitos e o interventor buscaram centralizar a ajuda e então começaram um descontrole e, como no caso de Eldorado do Sul haver políticos sendo beneficiados para uso em campanha política. O uso da ferramenta PIX passou a ser uma forma de auxiliar quem estava envolvido com a ajuda humanitária e logo começaram os golpes digitais, mas a preocupação eram as fake News, coisa de ditatura e gente incompetente.
Foram surgindo vários golpes e coube a nossa polícia descobrir e investigar e agora realizando prisões até mesmo fora do nosso estado desviando o que poderia estar auxiliando alguma família necessitada. Até mesmo pessoas como casal que desviou mais de uma tonelada de alimentos em Esteio e nada tinha sofrido com a enchente e estava a levar para casa na praia e na cidade, impedindo que a ajuda fosse para quem realmente necessitava.
A população e principalmente os gaúchos estejam alertas para todo e qualquer tipo de golpe e venda de facilidades. É neste momento de fragilidade em que muitos estão passando que os aproveitadores surgem e comprovadamente são aqueles que sempre se aproveitaram da simplicidade humildade do nosso povo.