Vereadores acusados de desviarem doações de vítimas afetadas pela enchente são inocentados
O Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-RS) inocentou o ex-vereadores de Palmares do Sul Filipe Lang (PT) e Polon Oliveira (União Brasil). Os dois estavam sendo investigados por desvio das doações enviadas as vítimas atingidas pela enchente ocorrida em maio do ano passado. Segundo Polon, todas as doações foram destinadas corretamente e a atuação visava suprir necessidades urgentes da população diante da crise.
“Foi um momento muito difícil para mim e para minha família. Hoje, esse sentimento se mistura com o alívio de ver a justiça sendo feita diante da perseguição política da qual fomos vítimas”, afirmou Filipe Lang. “A perseguição, a difamação, tudo isso deixam marcas. Não tem como apagar. Mas sigo firme na luta e seguirei em frente, de cabeça erguida, pronto para continuar contribuindo com Palmares do Sul”, complementou o ex-vereador de Palmares.
Com a decisão do TRE-RS, os dois políticos, que concorreram a Majoritária de Palmares nas Eleições Municipais de 2024, estão liberados pela Justiça Eleitoral para concorrerem a qualquer pleito eleitoral.
INVESTIGAÇÕES
Em junho do ano passado, o Ministério Público do Estado (MP-RS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou uma Operação contra o desvio de doações destinadas às vítimas das enchentes no município de Palmares do Sul. Cinco pessoas foram alvos da Operação, incluindo Lang e Polon. Além deles, o na época vereador Manoel Antunes (PL), o secretário municipal de Administração, Rodrigo Machado Martins, assim como sua companheira, também foram investigados.
Segundo o MP-RS, os suspeitos teriam se aproveitado de seus cargos para desviar doações para suas residências e oferecer em troca de votos nas Eleições. As denúncias apontavam que os investigados utilizaram materiais doados por entidades de diversos estados para fazer campanha eleitoral. Durante as ações, Lang chegou a ser preso em flagrante após os agentes do MP-RS, em ação conjunta com a Polícia Civil (PC), encontrarem em sua casa um revólver em situação irregular. O parlamentar teria informado que a arma era velha e seria um presente do avô. Ele foi liberado após pagar fiança.
CRÉDITO: Divulgação