Um peso e várias medidas

A Suprema Corte Brasileira tem demonstrado uma avidez pelo poder jamais vista em um país democrático. O guardião da Constituição apoderou-se desta e se instituiu sobremaneira um governo paralelo, que até alguns dos illuminatis, já se pronunciou ser semi presidencialismo. Há quem diga que tudo pode ter sido gerado pela pavonice dos ministros em razão da TV Justiça, quando ganharam holofotes e passaram a darem discursos em vez de decisões precisas e concisas. Também o então ex-ministro Joaquim Barbosa que ganhou notoriedade por falar fora dos autos sobre questões internas e discussões acaloradas com seus pares. Assim a seriedade esperada da alta corte, passou a se tornar uma sessão pastelão do juridiquês.

Para piorar ainda mais a qualidade da Suprema Corte, os governos de esquerda passaram a indicar seus aliados por interesses próprios e não pelo seu conhecimento jurídico e posturas pró-republicanas e conservadoras. Tanto que hoje se vê a Suprema Corte discutindo interminavelmente sobre a liberação da maconha, em breve sobre o aborto e a pior de todas de ladrões da nação e do tráfico sendo descondensados ou liberados como “santos”. O STF superou a si mesmo e perdeu a compostura por completo ao revelar o ativismo político e justamente para quem os apadrinhou ou amadrinhou

Este mesmo STF deu guarida para que um de seus membros se permitisse de modo monocrático a abrir inquéritos, liderar investigações, prender, julgar e condenar um membro do Legislativo cerceando-lhe todas as prerrogativas previstas na Constituição para demonstrar poder e força. Algo que o personagem Lex Luther sempre tentou contra o Superman. Tudo isto com a aquiescência do acovardado Senado Federal e da Câmara dos Deputados que tem o poder de colocar todos os poderes em seus devidos lugares. Eis que este deputado federal está sendo literalmente destruído em suas liberdades por dizer de forma contundente as verdades que não querem ser ditas e principalmente ouvidas por alguns empoderados. Toda a arrogância e prepotência está com o nobre ministro que é apoiado pelos seus pares de forma silenciosa. O mesmo assim procede contra o presidente Bolsonaro demonstrando que tal ministro muito leu as revistas em quadrinhos do Superman ou assistiu a seus filmes incorporando Lex Luther. Quanto ao saber jurídico este ficou para quem se interessa e não deseja tamanha mordomia palaciana.

Mas se para Roberto Jefferson, Allan dos Santos e o deputado Daniel Silveira se impinge crime por suas opiniões antidemocráticas, o que pode o nobre ministro dizer com relação ao que Lula tem feito, ao que seus pares como Barroso em viagens aos Estados Unidos tem proferido contra o país e ao Governo. O mesmo a se dizer de Levandowski que além de arranhar a Constituição quando o impeachment de Dilma, agora junta-se ao ministro Barroso para criticarem o governo brasileiro e se dizerem salvadores de vidas ao darem poder a governadores e prefeitos na pandemia em evento nos Estados Unidos. Deveria o Senado Federal ao tomar conhecimento das falas de ambos os ministros se reunir para receber os missivistas no aeroporto com seus afastamentos do STF por infringirem a Constituição e ao juramento que fizeram ao serem aprovados para o cargo de ministros da Suprema Corte.

O peso é tão proporcional e até maior do que levou a condenação do deputado Daniel Silveira, mas as medidas utilizadas são totalmente distorcidas da realidade. E, mesmo assim querem impingir a restrição às redes sociais pelas chamadas fake News, que certamente serão vistas por quem tem interesses obscuros para atingir a quem não lhes é afeto. Se o STF está agindo desta forma, mais parecendo a Academia Brasileira de Letras, a culpa é do Senado Federal e por extensão ao povo que fez suas escolhas e que agora terá condições de corrigir uma boa parte deste erro nas eleições de outubro. Se o clubinho do STF e do TSE permitirem eleições dentro das regras do jogo.