EDITORIAL

Tragédia e saque aos gaúchos

O mês de maio teve a maior tragédia climática em mais de 80 anos e para piorar a situação está sendo saqueada, politicamente, materialmente e moralmente. A responsabilidade disto tem se constatado pelo descaso de governos federais, estaduais e municipais ao longo de décadas.

As cheias da região metropolitana em muito poderia ter sido minimizada ou até evitada se ao longo destes anos desse seguimento a manutenção e modernização do sistema de diques na região metropolitana que foi criado em 1970 quando da construção da primeira via expressa do Brasil, a autoestrada agora denominada Osvaldo Aranha, quando foi anteriormente a Rodovia Marechal Osório. Já naquela oportunidade estudos foram realizados com base em dados de alagamentos e a possibilidade de cheias mais intensas, sendo construídos diques para suportar a elevação das águas em até 6 metros acima da conta normal. Este descaso foi crescente havendo rompimento dos diques para construção da BR 448, outros em razão das prefeituras não manterem os trechos a elas compreendidos e também em Porto Alegre pela falta de manutenção em suas 28 bombas de recalque. Tanto é assim que já estava projetada a demolição do dique da Mauá e suas comportas para este ano, por consideraram o artifício desnecessário e urbanisticamente não estético. Felizmente tal fato não ocorreu para que a atual tragédia fosse ainda pior do que está se vivenciando.

O Rio Grande do Sul que prima tanto pela preservação do meio ambiente valorizou em demasia a preservação de árvores do que realmente deveria focar na gestão das bacias hidrográficas e seu desague no único no Rio Guaíba, bem como a única saída para o mar que fica em Rio Grande. Agora deve-se pensar numa dragagem dos rios para que seja ampliado o sistema de transporte fluvial e também ampliar a capacidade de canalização das águas em menor velocidade em direção ao Rio Guaíba. Aos prefeitos da região metropolitana e ao governo do Estado provavelmente diante de tanto descaso com o sistema de proteção de enchentes devam ser acionando na Justiça por traírem a confiança de seus munícipes e pela irresponsabilidade do descaso cometido.

Afrontando ainda mais o problema causado pelo descaso dos governantes locais o governo federal que deveria repassar recursos a exemplo do que foi a pandemia aos municípios e a o estado quer protagonizar o que por décadas vem extraindo do Estado que são seus recursos para investimentos, seja em infraestrutura e ampliação de modernização de serviços essenciais à população como a segurança e a saúde. A nomeação de Paulo Pimenta como uma espécie de interventor para comandar a reestruturação do Estado é um acinte aos gaúchos, praticamente considerando o governo do Estado e os prefeitos como incompetentes para solucionar os problemas gerados com a tragédia. Nem mesmo o STF que transformou governadores e prefeitos em ditadores especializados em pandemia, e que o governo federal se viu na condição de repassador de recursos aos entes federados onde grande parte foi desviado de suas finalizada de salvar vidas. A intervenção tem feito de tudo para que os combalidos cofres a que o atual governo federal assim já deixou em razão de gastar em ministérios de coisa alguma agora cria mais um para aproximar-se dos 40 como conta a lenda de Ali Babá. Assim milhares de reais são gastos com pessoal que desconhece a realidade e a resiliência do povo gaúcho, mesmo nomeando um sujeito que conhece muito de compra e venda de arroz e não de gestão pública, mas que almeja tal achaque.

O Governador Eduardo Leite que tanto se referiu em campanha que o gringo deveria se levantar da cadeira, agora foi obrigado a sentar no colo do representante do descondenado e nada recebendo de recursos para levar aos prefeitos e ao próprio ente federado. As emendas parlamentares (no governo anterior era orçamento secreto) que serve para a compra de votos no Congresso está sendo contingenciada pelo atual governo federal. Mesmo com deputados e senadores de outros estados querendo enviar a municípios do estado quer centralizar para o convescote de Paulo Pimenta, pois já gastaram tudo em viagens, na “cultura” e na mídia comprada da TV aberta para encobrir a sujeira do atual governo federal. Por que não enviar recursos aos municípios diretamente para que estes possam gerir a crise, já que são estes que estão próximos de suas comunidades e saberão o que será melhor para seus munícipes. Mas o pior é a rapidez com que o um outro gaúcho importou arroz de países ditatoriais quando há o produto em quantidade suficiente para abastecer o mercado. A resposta é simples: ajudar países quebrados, quebra com a produção gaúcha de arroz e empobrecer o Rio Grande do Sul por pura e simples vingança política. Os gaúchos nãos e dobram e logo vão descobrir o que PT, PSOL e o restante da gangue estão a fazer com o nosso estado. Estão saqueando, além da bandidagem que não combatem, nossa agricultura, nosso desenvolvimento e o comando do nosso estado.