Requisitos técnicos impedem Porto em Torres, mas Carlos Souza continua articulando para o Litoral Norte
A inviabilidade técnica para a instalação do Projeto Portuário Marítimo
Privado em Torres impede a realização do sonho da maioria da população
torrense. Apesar do grande empenho do prefeito Carlos Souza em trazer o
Porto para o município, a ausência de uma área testeira de no mínimo 600
metros e os resultados dos exames de batimetria, que mede a profundidade
dos oceanos, impossibilitam a ideia. Mas a articulação de Carlos Souza
atingiu seu objetivo maior, que é de implantar o Projeto Marítimo no
Litoral Norte. O Porto deve ficar em Arroio do Sal. Conforme o prefeito,
o ideal seria Torres sediar o Porto, mas devido a ausência de condições
técnicas, ele vai continuar lutando para que fique no Litoral Norte, em
benefício da região que também crescerá com a iniciativa.
Nesta segunda-feira, 26 de agosto, o tema foi debatido durante
reunião-almoço realizada em Torres, contando com a presença do senador
Luis Carlos Heinze. O encontro teve grande adesão de empresários e
políticos, além do prefeito, do senador e do engenheiro civil
idealizador do projeto, Fernando Carrion, estavam os empresários como
Ruben Bisi, da Mobi Caxias,; Ronaldo Bolognesi, da Bolognesi Engenharia:
Nasser Samhan, do Sindilojas e Eraclides Maggo, da Actor, entre outros,
como vereadores e imprensa. Após a reunião-almoço, a comitiva foi a
Arroio do Sal, para outro encontro sobre o Terminal Portuário Marítimo
Comercial, presidida pelo vice-prefeito da cidade, Adilson Vargas.
Em sua fala, em Torres, o prefeito agradeceu a presença de todos, em
especial ao senador Heinze por ter trabalhado muito pelo Rio Grande do
Sul. Também fez agradecimentos ao mentor do projeto, Carrion, a Bisi,
que trouxe a Serra Gaúcha para o debate e ainda a Bolognesi pelo
interesse na causa. Sobre a implantação do Porto em Torres, destacou que
tratando-se de um Porto moderno, com alto grau de exigência ambiental, a
iniciativa seria de grande importância para a cidade., Lembrou que Santa
Catarina tem cinco grandes portos. “Defendemos o Porto no Litoral Norte
e posteriormente em Torres”.
O senador falou que vem se empenhando sobre a infraestrutura do Estado.
“Quando entendi que a ideia do Porto era uma boa, a primeira pergunta
foi se isso não iria atrapalhar o turismo em Torres”. No momento que nos
reunimos e entendemos que não seria um problema, seguimos adiante,
sempre junto do prefeito Carlos. Comentou que o projeto do Porto passou
por exames de viabilidade técnica pela Marinha no Litoral Norte, como de
maregrafia e batimetria, tendo os interessados já recebido o mapa com
definições positivas para Arroio do Sal. O senador Heinze deixou claro a
luta inconteste do prefeito de Torres, Carlos Souza para viabilizar a
alternativa local, deixando claro que o motivo não foi por falta de
interesse e sim técnico.
Além de ser necessário condições técnicas favoráveis,para o Porto, que é
privado, “quem vai decidir onde vai ser o Porto, será o investidor”.
Esta é a síntese da fala de Ruben Bisi, da Mobi Caxias, frisando que
precisamos de uma logística melhor para o transporte de mercadorias.
Hoje, as empresas utilizam o Porto de Rio Grande e Santa Catarina, para
as empresas da Serra onde o custo de logística é muito alto. “Estamos
apoiando a questão do Porto no Litoral Norte desde o princípio”.
Em sua manifestação, Bolognesi disse que “nós da engenharia temos que
ser realistas, ao conceber uma obra precisamos levar em consideração a
realidade física do local, sendo que o impacto de vizinhança é muito
importante em uma obra dessa envergadura”. Continuou dizendo que nós
precisamos trazer para o Litoral Norte um Porto que seja o melhor e mais
moderno. Além da viabilidade técnica, destacou a importância da
viabilidade econômica e assim como Bisi,destacou a palavra forte do
investidor uma vez que o Porto será um investimento de R$ 2bilhões
“sendo construído para uma história definitiva”, concluiu.