GERAL

QUEM PAGARÁ O PREJUÍZO?

A pandemia, além de ser algo diferente, revelou a maldade e o desconhecimento dos políticos sobre saúde pública. Pior ainda foi a atuação dos ministros do STF que deram a governadores e prefeitos carta branca para decidirem sobre como “salvar vidas”.

As autoridades federais na área da Saúde se submeteram aos descalabros da OMS e ao ministro Mandetta com o apoio da grande mídia nacional. Ambos buscando audiência e popularidade se contrapondo ao presidente da República. Uma insensatez que gerou perdas de vidas sem um planejamento e estratégia de aparelhamento do sistema de saúde para atender a demanda. A partir desta vaidade do ex-ministro e da estapafúrdia decisão do STF, governadores e prefeitos passaram de forma ditatorial a determinar o fechamento de empresas e ao confinamento da população, amedrontada com a mídia alarmista e numa ferrenha batalha contra o governo central.

Todo o empenho para o “achatamento” da curva, não foi acompanhado do aparelhamento dos hospitais, de medicamentos, de novos leitos de UTIs e a União somente colocando bilhões nas mãos de governadores e prefeitos irresponsáveis, alguns sendo comprovadamente ladrões destes recursos. Estres representantes do povo apenas se preocuparam em como punir a população e também contribuinte com o fechamento de empresas, ruas, praças, igrejas e até mesmo de pratear parentes e amigos falecidos. Mas tudo serviu para os governos estaduais e municipais reduzirem outras despesas em um ano eleitoral e ainda receber mais recursos, além da nababesca quantia de R$ 2 bilhões do fundo eleitoral.

O “achatamento da curva” nada mais foi do que condenar as pessoas a se manterem inertes ao vírus e cada dia mais vulneráveis e miseráveis. Muitos salvos pelo auxílio emergencial, mas os governos estaduais e municipais deixaram de solicitar alguns milhares de testes que hoje estão abarrotando os depósitos do Governo e com risco de serem perdidos pela validade expirada. Prefeitos e governadores não solicitaram os testes para atenderem a população, eles queriam dinheiro para comprarem seus testes de forma superfaturada e como não tiveram abandonaram os adquiridos pelo Governo Federal. Se não for assim por qual motivo os governadores e prefeitos deixaram de solicitar milhares de testes para atender toda a população? Mas respiradores logo os governadores tentaram adquirir e os prefeitos a comprar os EPIs superfaturados. A corja conspirou contra a nação, não buscando salvar vidas e sim a si próprios e aos seus interesses até a chegada do período eleitoral.

Agora os mesmos patifes falam em segunda onda, quando na realidade é a continuidade de um processo natural do vírus diante de tantas pessoas com suas imunidades ainda mais reduzidas por terem ficado confinadas. É o mesmo que ficar sem se expor ao sol por muito tempo e de um momento para outro a exposição acontece provocando queimaduras e a outras enfermidades. Um erro fatal para muitas vidas que foram perdidas. Um prejuízo à milhões de pessoas que perderam seus empregos, fecharam seus empreendimentos, que deixaram de viver as emoções com seus entes queridos, um prejuízo incalculável à vida das pessoas não só financeiramente como físico e mentalmente. Mas fica a pergunta que quem sabe os semideuses do STF saibam responder: quem pagará o prejuízo de toda esta trapalhada?

OMAR LUZ

Diretor e fundador do Jornal Momento. Semanalmente publica artigos para as categorias "Editorial" e "Boca do Balão".