GERALSOCIAL, CULTURA e EDUCAÇÃO

Produtores e entidades brasileiras discutem as cadeias produtivas da Apicultura e Meliponicultura

Mais de 150 pessoas, entre apicultores, meliponicultores, pesquisadores, extensionistas da Emater/RS-Ascar e representantes de entidades participam do 24ª Seminário Estadual de Apicultura, do 18º Encontro Estadual de Meliponicultura, do 23º Concurso de Mel de Abelha e do 1º Concurso de Mel de Abelhas Sem Ferrão. Os eventos ocorreram na sexta-feira (26) e sábado (27), na Secretaria de Educação de Balneário Pinhal e fazem parte da programação do 6º Festimel, o qual se encerrou no domingo (28).

A programação de sexta-feira (26) iniciou com a abertura oficial, que teve a presença da presidente da Emater/RS, Mara Helena Saalfeld. Durante a sua fala, Mara destacou o esforço dos extensionistas para auxiliar os apicultores e meliponicultores de forma permanente e a importância das parcerias e da busca de informações e conhecimentos por parte dos produtores. “Nós estamos à disposição e estou trabalhando para fazer da Apicultura e da Meliponicultura importantes atividades agrícolas do RS”, afirmou.

Na sequência, o extensionista da Emater/RS-Ascar, João Alfredo de Oliveira Sampaio, apresentou a linha do tempo com a evolução da apicultura e as ações de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) desenvolvidas por 2.439 produtores que possuem quase cem mil colmeias, em 236 dos 497 municípios gaúchos. Já o apicultor Luís Alberto Schuh, do Apiário Adams, falou de sua experiência e dos desafios e oportunidades no mercado institucional.

Uma mesa redonda trouxe importantes nomes, como André Sezerino (Epagri); Gustavo Nogueira Diehl e Rita Domingues (Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação); e Paulo Savi (Emater/RS-Ascar), que trataram sobre saúde das abelhas Apis. Savi aproveitou para mostrar as experiências e os bons resultados alcançados com a integração da apicultura e soja orgânica em torno de 400 hectares, na região de Dom Pedrito.

Ainda na sexta, só que na parte da tarde, foi realizada uma palestra sobre a importância da polinização para as abelhas com e sem ferrão. O tema foi debatido pelo presidente da Fargs, Ademir Haettinger; pela doutora em Biologia da Unisinos, Patrícia Nunes Silva; e pelo representante da Celena Alimentos S.A., Vantuir Scarantti; tendo como mediadora a pesquisadora Betina Blochtein.

Outro destaque foram as oficinas, que atraíram muitos participantes, abordando temas como: o projeto realizado com abelhas sem ferrão em Rio Grande, a produção de torta proteica e alimentação líquida, a criação e introdução de rainhas, a explicação sobre flores indicadas para alimentação de abelhas sem ferrão, o manejo de abelhas sem ferrão, a do manejo Apis com foco nos resultados e mel na alimentação humana.

PROGRAMAÇÃO SEGUIU NO SÁBADO

No sábado (27), as atividades tiveram continuidade com apresentação do diagnóstico da meliponicultora, realizado pela doutora Sídia Freitas, da Seapi. Já Betina Blochtein e a doutora da Embrapa Meio Ambiente de São Paulo, Jenifer Dias Ramos, falaram sobre e os potenciais da meliponicultura. Também ocorreu uma palestra sobre saúde das abelhas sem ferrão, com a professora da Universidade Federal do RS (UFRGS) Karen Haag e a veterinária da Prefeitura de Balneário Pinhal, Joyce Pigozzi.

Mais uma vez, as oficinas tiveram destaque, desta vez, debatendo temas como: gestão de manejo com Apis, criação e introdução de rainhas, fabricação de hidromel, preparação de torta proteica e alimentação líquida, ninhos-isca para abelhas sem ferrão, manejo de abelhas sem ferrão, mel na alimentação humana, os princípios da meliponicultura. No final do evento ocorreu a entrega da premiação do 23º Concurso Estadual de Qualidade do Mel de Abelha Apis e o 1º Concurso de Mel de Abelhas Sem Ferrão.