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Praias da região sofrem com ressaca

As praias da região sofreram com a ressaca que atingiu todo o Litoral gaúcho entre a última quinta-feira (4) e sábado (6). O fenômeno foi ocasionado por um ciclone extratropical, que ocasionou rajadas de vento de até 80 quilômetros e deixou o mar bem agitado. Segundo a Marinha do Brasil, foram registradas com até cinco metros no mar aberto e entre 2,5 e quatro metros próximo a costa.

O forte vento e força das ondas acabaram causando diversos danos na região. Em Tramandaí, por exemplo, quiosques foram danificados e os comerciantes se mobilizaram para retirar os materiais e equipamentos das estruturas. O mar chegou a ultrapassar a faixa de areia, correndo com os veranistas que tentavam se acomodar nas dunas. A água chegou a atingir a Avenida da Igreja, na região central da cidade. Com o mar alto, o Rio Tramandaí também acabou subindo, chegando a atingir a Praça dos Botos, na região da Barra.

Em Imbé, um quiosque foi arrastado pelas ondas. A água chegou a invadir a Rua Quartzo, no Balneário Nordeste. Em outras praias da região como nos Molhes (em Torres) e Capão da Canoa, o cenário era o mesmo: quiosques e guaritas do salva-vidas destruídas, além da água, que atingiu ruas próximas a beira-mar.

No sábado pela manhã, ainda dava para ver os sinais de destruição causados pela ressaca. Comerciantes e moradores se uniram e amarraram as estruturas dos quiosques restantes para evitar um prejuízo ainda maior.  Em Xangri-lá, policias militares e guarda-vidas prestaram apoio a o proprietário de um quiosque. Os agentes auxiliaram na retirada de objetos do estabelecimento.

ALERTA DOS BOMBEIROS

O Corpo de Bombeiros ressalta que em condições como essa de ressaca as pessoas não devem entrar no mar, o qual se torna ainda mais perigoso, dificultando o trabalho de salvamento. Na manhã de sábado (6), a nossa equipe flagrou crianças tomando banho sozinhas no mar, na praia de Tramandaí. De acordo com o coordenador operacional da Operação Verão, o major Isandré Antunes, além do risco de afogamento, há a possibilidade de a pessoa se ferir com algum objeto arrastado pela água. Segundo ele, ao menos cinco guaritas dos salva-vidas foram destruídas pela ressaca, sendo quatro em Capão da Canoa e uma em Arroio do Sal. Já em relação aos demais danos ocasionados, até o final dessa edição o prejuízo dos comerciantes e moradores ainda seguia sendo levantado pelas prefeituras.

Foto: PMI