A diretoria da Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep) divulgou nesta quinta-feira nota oficial de orientação sobre a paralisação e houve a determinação também de que a categoria não participe nos desfiles de 7 e 20 de setembro devido à “incoerência de dispender os já insuficientes recursos materiais e humanos com que contam os órgãos da Polícia Civil atualmente”. A mesma orientação foi dada pelo Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil (Ugeirm).
Em relação à paralisação, a Asdep havia recomendado que fossem atendidos apenas casos graves, ficando a critério de cada delegado. A entidade também determinou a “suspensão das operações policiais, não apenas até a integralização do subsídio referente ao mês de agosto, mas até que o governo do estado solucione a falta de vagas nos presídios, motivadora da manutenção ilegal de presos em delegacias de polícia, o que coloca em risco a vida dos policiais, dos presos e da população”.
Na nota, a direção da Asdep definiu por “expor à sociedade, inclusive através da imprensa, a crise da segurança pública, com dados referentes aos crimes que vêm acontecendo, falando sobre as dificuldades diárias para bem desempenhar o trabalho de polícia judiciária”.
Paralisação após parcelamento
O Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil (Ugeirm) decidiram paralisar o serviços por 15 horas nesta quinta-feira, em protesto por mais um parcelamento feito pelo governo do Rio Grande do Sul. O protesto irá se encerrar somente às 21h de hoje.
Após concentração em frente ao Palácio da Polícia, localizado entre as avenidas João Pessoa e Ipiranga, os policiais seguirão no começo da tarde para a Esquina Democrática, no Centro Histórico, onde devem distribuir panfletos para a população. Conforme a Ugeirm, o governo seria o responsável pela “situação de explosão da violência” no Estado. O sindicato também protesta pela política de cortes de investimentos e pelo desmonte da Segurança Pública.
No interior, serão realizados atos públicos nas praças principais e na frente das agências do Banrisul, para demonstrar a insatisfação dos policiais com mais um parcelamento dos salários. Além disso, os policiais entrarão em contato com os prefeitos e os candidatos nas eleições de outubro, para que os mesmos assumam um compromisso contra o parcelamento e em defesa da segurança pública.