POLICIAL

Polícia Civil realiza Operação Cavas

A Polícia Civil (PC) deflagrou na manhã desta segunda-feira (5), a Operação Cavas. O objetivo é combater o golpe conhecido como ‘golpe da arara’, onde criminosos abrem empresas ou assumem CNPJs com tempo de mercado, angariando credibilidade com fornecedores através de sucessivas compras de baixos valores.

Foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão em seis cidades gaúchas, incluindo Xangri-lá e Tavares. As ações também foram realizadas em Porto Alegre e em três municípios da região Metropolitana: Nova Santa Rita, Sapucaia do Sul e Viamão. Ao todo, seis pessoas foram presas, sendo quatro preventivamente e outras duas em flagrante por posse irregular de arma de fogo e tráfico de drogas.

O CASO

As investigações, realizadas pela Delegacia de Repressão ao Roubo e Furto de Cargas (DRFC), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), iniciaram após a notícia de possível crime de estelionato, onde foram realizadas compras de diversos lotes de espumante Freixenet, as quais foram entregues sem ter ocorrido o devido pagamento, com diversas tentativas frustradas de contato com os devedores.

Vale ressaltar que, durante a Operação, a qual contou com a participação de 115 agentes da Polícia Civil, foram apreendidas diversas garrafas de espumante, entre outros objetos. A carga apreendida está avaliada em mais de um milhão de reais.

Após efetuarem compras de valores mais elevados, a crédito, não efetuam o pagamento, fecham ou colocam a empresa em nome de laranjas e testas de ferro; abrindo outra empresa e reiniciando o ciclo criminoso. Os prejuízos totais ainda não foram apurados, haja vista a grande quantidade de vítimas, estimando-se que possam chegar a mais de um milhão de reais.

Segundo a Polícia, é extremamente comum que empresas deste tipo sejam receptadoras de cargas subtraídas, como já verificado em diversas investigações realizadas pela Delegacia Especializada. Ainda, que tal prática provoque grandes prejuízos financeiros, verifica-se impunidade de seus executores, haja vista os procedimentos fraudulentos utilizados para ocultar os verdadeiros agentes da prática criminosa.

Foto: PC