OSÓRIO SE ABRE PARA INVESTIMENTOS

6513 – 10/05 – OSÓRIO SE ABRE PARA INVESTIMENTOS

Lançamento do maior condomínio aberto da região na semana passada é o marco par a retomada de investimentos imobiliários em Osório. Neste empreendimento serão mais de R$ 200 milhões alocados para emergir o novo conceito de morar integrado à cidade.

A construção civil ganha impulso, a geração de empregos aumenta e empresas ligadas ao ramo da construção faturam muito mais. Capão da Canoa e depois Xangrilá cresceram economicamente com grandes lançamentos imobiliários e atraindo grandes investidores e levando para suas cidades outro padrão de consumidor. Os condomínios passaram a absorver boa parte da mão de obra ociosa nas duas cidades, inicialmente sem muita qualificação e que passou exigir serviços de melhor qualidade ampliando empresas especializadas em jardinagem, decoração e até de serviços domésticos, o que faz elevar o padrão de vida da cidade.

Osório, mesmo depois da emancipação de Capão da Canoa se manteve estagnada no mercado imobiliário e muito mais na construção civil. Muito disto tendo a ver com a legislação municipal restritiva para investimentos em edificação e até mesmo na agilidade para Andamento de projetos. Assim as cidades litorâneas foram sendo preferidas e muitas destas já não se pode dizer que vivem somente da sazonalidade e passaram a ter vida o ano todo. Nosso município, ficava sempre no “alto potencial turístico”, mas pouco ou nada atraia investimentos que alavancassem a economia e gerassem empregos. A aposta inicial na época estava centrada em atrair fábricas de calçados com fortes incentivos fiscais e de infra estrutura, que acabaram logo que estes incentivos deixavam de existir.

Muito tempo se passou e a gestões administrativas buscavam investimentos fabris, muitos até anunciados como a meca do desenvolvimento da cidade e não ocorreram. Quem não lembra do polo metalmecânico, da fábrica de cervejas, do hotel 5 estrelas no morro, da fábrica de vidros, fábrica de tintas e por aí segue. Mas foi o advento do parque eólico que veio impulsionar a economia do município, juntamente com o programa “Minha casa, Minha Vida”. Estes dois momentos fizeram os imóveis subirem assustadoramente seus preços. Terrenos urbano que antes eram de valores abaixo de R$ 50 mil logo passaram a serem valorizados para acima deste patamar. Isto fez com que dificilmente se encontre terrenos na área urbana com valores abaixo de R$ 100 mil.

Os frigoríficos que vieram a surgir no morro da Borrússia iniciaram outra etapa de desenvolvimento e os altos do morro passaram a ser altamente valorizados e a ter investimentos na gastronomia e pousadas. Hoje as áreas estão supervalorizadas e o número de visitantes cresce a cada ano buscando chegar aos pontos de observação no morro das Antenas e no mirante (que infelizmente se deixou destruir).

As lagoas passaram a receber investimentos em infraestrutura, como asfaltamento da estrada do Palmital e com isto dezenas de novos lotes foram comercializados e valorizados. Neste caminho segue a Lagoa dos Barros que ainda carece de infraestrutura.

Nas duas últimas décadas vimos uma eclosão de prédios sendo erguidos na cidade, não só no centro, mas em todos os bairros em razão da demanda maior. Mesmo assim há um represamento de investimentos imobiliários na cidade que se esbarram na burocracia da prefeitura e também na morosidade deste importante setor que alavanca a economia da cidade.

Assim com estes investimentos, cada dia mais exigentes em mão de obra, se fará necessário o aprimoramento de pessoal para atender a demanda que logo virá. Mas certamente é necessário o poder público agilizar processos e saber acolher investimentos que promovam a cidade como um centro de compras, lazer e de bem viver.