Municípios do Litoral são homenageados no projeto Praia Acessível
A Secretaria Estadual de Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência, por meio da Fundação de Atendimento ao Deficiente e ao Superdotado no RS (Faders), realizou na última sexta-feira (28/04), em Imbé, uma homenagem aos 17 municípios participantes e aos colaboradores da Rede Praia Acessível. Criado em 2012 pelo governo do Estado, o projeto proporcionou a população gaúcha banhos assistidos, durante o último Verão, sendo distribuídas 50 cadeiras anfíbias.
Uma das participantes, a cidade de Osório contou com três cadeiras, que foram utilizadas nos balneários de Atlântida Sul. O prefeito osoriense, Roger Caputi, esteve presente na cerimônia e falou sobre o reconhecimento: “É um importante momento de reconhecimento desse trabalho, que busca, acima de tudo, a inclusão social. Osório se sente honrada pela participação”, declarou Roger. Segundo ele, a prefeitura já iniciou o planejamento para o Verão 2023/2024, quando serão realizadas novas ações: “A ideia é que possamos atender mais pessoas e para isso acontecer vamos garantir que os balneários de Atlântida Sul e Mariápolis estejam mais preparados para poder receber e dar o carinho, atendimento e apoio que essa comunidade merece”, complementou o prefeito Caputi.
Além de Osório, outros 16 municípios foram homenageados, incluindo oito do Litoral Norte gaúcho: Arroio do Sal, Balneário Pinhal, Capão da Canoa, Cidreira, Imbé, Mostardas, Morrinhos do Sul e Santo Antônio da Patrulha. Com isso, houve um aumento de 20% no número de cidades participantes no projeto, atendendo aproximadamente 40 locais do RS.
Presente em diferentes tipos de balneários como por exemplo: no mar, em rios, lagoas, lagos, cachoeiras e até piscinas, o Praia Acessível realizou 926 atendimentos. Ao todo, 408 pessoas receberam o banho assistido, registrando um aumento de cerca de 30%. Dessas, 219 mulheres e 189 homens, sendo 253 adultos, 102 idosos e 53 jovens. Foram atendidas 321 pessoas com deficiência física, 34 com mobilidade reduzida, 33 com deficiência visual, 12 com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e oito com deficiência intelectual. Vale ressaltar que, além dos banhos, foram realizadas outras atividades como: Pedalada da Diversidade, Caminhada da Diversidade, Caminhada Azul, Xadrez Inclusivo, Festival de Bocha Acessível, Oficina sobre Sexualidade e a Pessoa com Deficiência, entre outras.
De acordo com a coordenadora do projeto, Cláudia Alfama, a perspectiva é que na temporada 2023/2024 a Rede fique ainda maior. “Em termos territoriais, atendimentos, cadeiras anfíbias, pessoas envolvidas, foi a maior edição do Praia Acessível. E isso nos desafia a, no ano que vem, bater nossos próprios números”, projetou. O secretário estadual de Assistência Social, Beto Fantinel, também destacou a ampliação do programa com as participações dos municípios. “A partir da decisão de cada município que formou esta Rede outros tantos vão se agregar. Temos certeza que no mapeamento de 2024 teremos aqui 40 ou mais participantes desse programa com resultados tão significativos”, afirmou o secretário.
Já o presidente da Faders, Marquinho Lang, explicou que uma das prioridades neste ano foi de disponibilizar o maior número possível de pontos de banho para evitar deslocamento das pessoas. Ele citou a implantação do ‘Disque Banho Acessível’, onde foi disponibilizado um número de telefone em que as pessoas poderiam se informar sobre locais mais próximos e horários para acessar o serviço. Ao todo, foram 53 ligações, com 37 agendamentos. “Foi o maior Praia Acessível de todos e a Faders não conseguiria fazer tudo o que foi feito nesse Verão sem que os municípios estivessem integrados a essa Rede. E talvez as pessoas não consigam imaginar o tamanho da importância, da diferença que faz na vida daquela pessoa que nunca entrou no mar, que nunca pode curtir a praia com seus familiares”, ressaltou Lang.