GERAL

Municípios discutem situação de ETE Osório

OSÓRIO – A Câmara de Vereadores recebeu na tarde de terça-feira (21), uma Audiência Pública para discutir a situação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da cidade, que está sem funcionar a mais de três anos. É válido relembrar que, em maio de 2020, a Juíza da 2ª Vara Judicial da Comarca de Santo Antônio da Patrulha (SAP), Mariana Aguirres Fachel, determinou a suspensão do funcionamento da ETE.

A reunião contou com a presença dos prefeitos Roger Caputi (Osório) e Rodrigo Massulo (SAP), além de vereadores, secretários e entidades dos dois municípios. O prefeito patrulhense resumiu o encontro como bastante positivo: “Os municípios estão alinhados no desejo de que a ETE somente passe a operar após a realização de todos os estudos necessários. Não somos contra a Estação (de Tratamento), mas queremos que os impactos ambientais da mesma sejam corretamente avaliados pelos técnicos dos dois municípios antes de qualquer autorização para seu funcionamento”, enfatizou Massulo.

Prefeito de Santo Antônio Rodrigo Massulo. – FOTO: PMSAP

Já o prefeito osoriense, disse que a Audiência serviu para sanar as animosidades das partes e também ressaltou que as duas cidades estão unidas, com o objetivo de buscar uma solução para o tratamento de esgoto de Osório: “Existe a intenção de união de forças para que possamos, juntos, sensibilizar a Corsan, conseguindo uma solução definitiva”, declarou Caputi. Conforme Roger, nos próximos dias será organizado um grupo com técnicos dos dois municípios. Eles ficarão responsáveis por elaborarem e apresentarem planos alternativos à Corsan.

Depois, caberá a Companhia avaliar e dizer qual a solução mais plausível para ser aplicada, desde que não haja prejuízo para o meio ambiente, para a Lagoa dos Barros e nenhum dos dois municípios. Caso não haja nenhuma solução viável, é provável que a Corsan permaneça com a questão judicial.

Prefeito de Osório Roger Caputi.

NOVELA LONGA

O processo que se alonga desde 2009, tomou força entre o final de fevereiro e o início de março de 2020, quando manchas azuladas apareceram na Lagoa dos Barros. Após análises, ficou confirmado que estranha coloração na água seria causado por micro-organismos conhecidos como cianobactérias. Na época, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) emitiu uma nota informando que reduziu a emissão de efluentes na Lagoa dos Barros, chegando a desativar uma estação de bombeamento de esgoto e passando a transportar o esgoto que chega nela com caminhão para outra Estação de Osório. Porém, nem a medida realizada pela Corsan, muito menos o retorno à normalidade da cor da água da Lagoa, fizeram com que a prefeitura de Santo Antônio entrasse com o pedido na Justiça para a suspensão integral do funcionamento da ETE Osório.

Estação de Tratamento de Osório está interditada desde 2020. – FOTO: Corsan