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Mulher que matou e enterrou marido no Litoral Norte é condenada a 18 anos de prisão

Leda Natalina Alves, de 61 anos, foi condenada a 18 anos e 10 meses de prisão em regime fechado pela morte do ex-companheiro Jonathan Martins de Almeida, de 33 anos. O crime ocorreu em 18/12 de 2016, no município de Arroio do Sal. Porém, os restos mortais da vítima só foram encontrados quatro anos depois, em novembro de 2020, após uma denúncia anônima.

Durante esse período, a ré teria afirmado que Jonathan havia abandonado o lar e desaparecido. Mas o homem estava mais perto do que todos imaginavam, enterrado no quintal da residência onde o casal morava, na Avenida Medeiros de Quadros. Após os restos mortais serem encontrados, com auxílio de cães farejadores, Leda acabou confessando o crime a Polícia e foi presa, em 13/11 de 2020. Ela foi encaminhada ao Presídio Estadual Feminino de Torres (PEFT), onde seguiu aguardando julgamento desde então.

JULGAMENTO

Presidido pela juíza Marilde Angélica Webber Goldschmidt, o júri popular foi realizado em Torres, tendo início na manhã da última quinta-feira (19) e se estendendo até a madrugada de sexta (20). No final, a ré foi condenada por homicídio qualificado por motivo fútil, cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Ela permanecerá no PEFT, onde já estava presa.

Segundo as investigações, a causa da morte estaria relacionada a supostas traições da vítima. Conforme o Ministério Público (MP), o ex-casal teria tido uma “forte discussão”, e na sequência, Leda teria matado Jonathan com uma garrafa, desferindo diversos golpes na sua cabeça. Com o objetivo de ocultar o crime, o cadáver foi enterrando no pátio da casa da mulher. Alguns dias após o crime, Leda se dirigiu à Polícia Civil para registrar o desaparecimento de Jonathan. Depois de uma denúncia anônima, o cadáver da vítima foi localizado com a ajuda de cães farejadores. Na sequência, Leda confessou o crime para a Polícia.

Após quatro anos do crime, corpo da vítima foi encontrado enterrado em casa em Arroio do Sal.

SENTENÇA DE PRONÚNCIA

Por ausência de indícios suficientes de autoria, a juíza impronunciou o segundo réu do processo, Antônio Leri da Silva, de 47 anos. O corréu, atual companheiro de Leda, é acusado pelo MP pelo crime de ocultação de cadáver. A magistrada entendeu que, após os depoimentos no decorrer do processo, é possível crer que Antônio conheceu Leda após o crime, o que impede que ele tenha participado da morte de Jonathan, visto que eles não chegaram a se conhecer.

Jonathan de Almeida foi morto pela ex-companheira em dezembro de 2016.

FOTOS: Divulgação