A Justiça determinou pela não prisão do vereador de Palmares do Sul, Filipe Lang (PT). O pré-candidato à prefeitura de Palmares é um dos investigados no caso de desvio de doações as famílias atingidas pela enchente no município. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Estado (MP-RS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Entretanto, a Justiça determinou que o político não tenha contato com as vítimas. Conforme o MP-RS, Lang teria coagido um casal de testemunhas durante a semana passada. De acordo com o promotor de Justiça, Mauro Rockenbach, a conduta de Filipe tem interferido nas investigações.
Diante do fato, o vereador está proibido de se aproximar a menos de 200 metros das vítimas, assim como, de tentar contato por qualquer meio de comunicação, inclusive, por outras pessoas. Em caso de descumprimento, Lang poderá ser preso preventivamente. Além dele, os também vereadores Manoel Antunes (PL) e Polon de Oliveira (União Brasil), o secretário municipal de Administração, Rodrigo Machado Martins, assim como a companheira de Martins, também são investigados pelo desvio de doações e seguem sendo monitorados. O grupo está sendo investigado pelos crimes de apropriação indébita, peculato e associação criminosa.
OPERAÇÃO DESVIO
Segundo o Ministério Público do Estado (MP-RS), os suspeitos teriam se aproveitado de seus cargos para desviar doações para suas residências e oferecer em troca de votos nas próximas Eleições, visto que um dos envolvidos (Filipe Lang) é pré-candidado a prefeito de Palmares. As denúncias apontam que os investigados utilizaram materiais doados por entidades de diversos estados para fazer campanha eleitoral.
Entre os dias 08 e 11 de junho, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nos municípios de Mostardas e Palmares, incluindo os imóveis de Antunes e Martins, além de endereços ligados a Lang e Polon. Na ocasião, além de documentos e mídias eletrônicas, que podem ajudar nas investigações, os agentes apreenderam produtos doados por entidades de estados e que estavam em posse dos investigados.
PRISÃO DO VEREADOR
Durante as ações, Lang foi preso em flagrante após o MP-RS, em ação conjunta com a Polícia Civil (PC), encontrar em sua casa um revólver em situação irregular. O parlamentar teria informado que a arma era velha e seria um presente do avô. Ele foi liberado após pagar fiança. Além da arma, também foram apreendidos: munições, diversos donativos, telefones celulares, documentos e uma grande quantia em dinheiro.
