REGIÃO

Litoral Norte atinge a marca de 421,9 mil habitantes

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na quarta-feira (28), os dados do Censo 2022. O Brasil atingiu a marca de mais de 203 milhões de habitantes, com aumento de 12,3 milhões (6,5%) na comparação com o último Censo, realizado em 2010. O crescimento médio da população nos últimos anos foi de 0,52%, o menor registrado no país desde 1872, quando foi realizado o primeiro censo do país.

Os dados têm como data de referência o dia 31 de julho de 2022 e fazem parte dos primeiros resultados de População e Domicílios do Censo Demográfico 2022. Segundo o IBGE, eles “apresentam um conjunto de informações básicas sobre os totais populacionais de domicílios no país em diferentes níveis geográficos e diferentes recortes, além de diversos indicadores derivados dessas informações, como a média de moradores por domicílio, a densidade demográfica e a taxa de crescimento anual da população”.

Com 84,8 milhões de habitantes, a região Sudeste se manteve como a mais populosa. O total de habitantes equivale a 41,8% da população do país. A região Sul está na 3ª colocação, com 29,3 milhões de habitantes, o que equivale a 14,7% da população do país. Já em relação aos estados, São Paulo, Minas Gerais e o Rio de Janeiro são os três estados mais populosos do país e concentram 39,9% da população, sendo que desses, 21% representa apenas o estado paulista.

Na sequência ficaram Bahia, Paraná e o Rio Grande do Sul, sexto no ranking, com aproximadamente 10,9 milhões de habitantes. Nos últimos 12 anos, o RS registrou um aumento populacional de mais de 186,5 mil pessoas. Já na questão das cidades, São Paulo segue disparada na ponta, com mais de R$ 11,4 milhões de habitantes. Porto Alegre é a mais populosa do Estado, sendo a segunda na região (atrás de Curitiba, no Paraná, que tem 1,7 milhão de habitantes) e 11ª do país, com 1,3 milhão habitantes. A capital gaúcha, porém, teve uma redução populacional de 76,7 mil habitantes, sendo o quinto município que mais perdeu gente em termos absolutos no Brasil. Em contrapartida, outras cidades gaúchas tiveram um aumento populacional, como é o caso de Caxias do Sul, na Serra, primeira nesse quesito, com aumento de 27,7 mil pessoas.

LITORAL NORTE

Os municípios do Litoral Norte também tiveram um aumento populacional, principalmente, devido a vinda de muitas pessoas no período da pandemia. Na comparação com o Censo de 2010, a região teve um aumento populacional de 80 mil pessoas, chegando a 421.969 habitantes, com destaque para Capão da Canoa (23,8 mil) e Tramandaí (12,8 mil), que ficaram em 3º e 9º lugar, respectivamente, no ranking das cidades que mais tiveram aumento populacional.

Capão da Canoa, por sinal, permanece como o município mais populoso do Litoral Norte, com 63.594 habitantes, tendo um aumento de 51,27% em comparação com o último Censo. A cidade ocupa a 34ª colocação no RS (entre 497), a 88ª posição na região Sul (entre 1.191) e a 513ª colocação no Brasil (entre 5.570). Porém, o maior aumento proporcional no Litoral foi de Imbé, que registrou 26.824 habitantes, aumento de 51,81%. O município é o sexto no ranking populacional.

Osório foi outra cidade que registrou aumento populacional nos últimos 12 anos. A cidade conta hoje com 47,4 mil habitantes, sendo a 3ª mais populosa do Litoral Norte (atrás apenas de Capão e Tramandaí), a 48ª do Estado, a 118ª da região Sul e 686ª do país. Na comparação com o último Censo, o aumento populacional foi de 15,87%. A pesquisa do IBGE também apontou que o município tem uma densidade demográfica de 71,4 habitantes por quilômetro quadrado e uma média de 2,59 moradores por residência.

Em contrapartida a maioria das cidades do Litoral Norte gaúcho, quatro das 23 registraram queda no número de habitantes. O pior caso foi o de Três Forquilhas, que está com 2.760 habitantes, queda populacional de 5,28%. Os outros municípios que registraram queda foram Morrinhos do Sul (3,49%), Tavares (2,6%) e Mostardas (0,28%). Mesmo assim, Dom Pedro de Alcântara segue como a cidade menos populosa do Litoral Norte, com 2.562, o que representa um aumento de 1,74%. O município ainda ocupa as seguintes posições no ranking de cidades mais populosas: 404 no RS, 1.050 na região Sul e 5.259 no Brasil. A seguir veja o número de habitantes e a classificação de cada município do Litoral Norte gaúcho no ranking de cidades mais populosas.

CIDADESPOPULAÇÃOLN (23)RS (497)SUL (1.191)BRASIL (5.570)
Capão da Canoa63.59434ª88ª513ª
Tramandaí54.38741ª102ª596ª
Osório47.40048ª118ª686ª
Santo Antônio da Patrulha42.94251ª131ª754ª
Torres41.75153ª137ª774ª
Imbé26.82479ª207ª1.256ª
Cidreira17.671115ª308ª2.014ª
Xangri-lá16.463118ª316ª2.070ª
Balneário Pinhal14.955125ª345ª2.211ª
Palmares do Sul12.84410ª139ª401ª2.543ª
Mostardas12.09011ª142ª412ª2.626ª
Arroio do Sal11.05712ª150ª443ª2.788ª
Três Cachoeiras10.96213ª151ª445ª2.811ª
Terra de Areia10.88614ª160ª478ª3.007ª
Maquiné7.41815ª189ª583ª3.544ª
Caraá7.36016ª191ª586ª3.558ª
Tavares5.21217ª256ª739ª4.183ª
Capivari do Sul3.99118ª304ª855ª4.671ª
Mampituba3.13119ª350ª958ª5.010ª
Morrinhos do Sul3.07120ª359ª969ª5.039ª
Três Forquilhas2.76021ª382ª1.014ª5.170ª
Itati2.63822ª396ª1.036ª5.226ª
Dom Pedro de Alcântara2.56223ª404ª1.050ª5.259ª
TOTAL421.969421,3 mil10,9 milhões29,3 milhões203 milhões

MUNICÍPIOS DE USO OCASIONAL

De acordo com o Censo 2022, seis entre os 10 municípios com maior percentual de domicílios de uso ocasional ficam no Litoral Norte gaúcho, incluindo os quatro primeiros. Conforme o conceito trabalhado pelo IBGE, o domicílio de uso ocasional é aquele que é particular e permanente, mas que poderia até servir ocasionalmente de moradia na data de entrevista, mas que é domicílio utilizado para “descanso de fins de semana, férias ou outro fim, mesmo que, na data de referência, seus ocupantes ocasionais estivessem presentes”.

Na liderança do ranking está Arroio do Sal, com 72,1%, seguido de Xangri-lá (70,7%), Cidreira (67,9%) e Palmares (64,2%).  Na sexta colocação está Balneário Pinhal, com 63,2%, seguido de Imbé, com 62,8%. Completam a lista dos 10 primeiros a quinta colocada Jaguaruna (SC), com 63,7%; a oitava Tibau (RN), com 62,1%; a nona Pontal do Paraná (PR), com 61,3%; e a 10ª Matinhos (PR), com 61,1%.

No Brasil, foram recenseados nessa categoria 6,7 milhões de domicílios, representando 7,4% do total de domicílios particulares permanentes, um aumento em relação aos 5,8% apresentados no último Censo. As regiões Sul e Nordeste foram as que mais tiveram residências do tipo, com 7,9% para cada uma delas. Entre os estados, Santa Catarina lidera, com 10,3% das residências de uso ocupacional, representando 358.645 domicílios de uso ocasional. Já o Rio Grande do Sul tem 8,6% das residências usadas ocasionalmente, com 458.282 domicílios.