Litoral cauteloso para o veraneio

As proximidades das festas de final de ano e a consequente invasão dos veranistas ao Litoral Norte estão preocupando os moradores e também as administrações municipais. Mais ainda ao empresariado pela incerteza de que poderão trabalhar a pleno e com menos restrições. Tudo isto tem o preço de se manter os índices de contágio e de óbitos cada dia menores.

Depois da derrocada do verão 2020/2021 onde as praias estavam fechadas e a proibição de acesso a faixa de areia, além de comércios e restaurantes terem controles para funcionamento, a classe empresarial receia uma nova onda com as festividades. A festa de Revéillon e espetáculos artísticos com cantores nacionais geram grandes aglomerações de difícil controle de uso de máscara e até de bebidas e drogas. Além disso atraem público de muitos locais e que podem vir a espalhar novamente o vírus. Mas o mais preocupante ainda se trata do Carnaval, onde a folia não tem limites e o perigo de contágio se torna ainda maior.

A Europa vive uma nova onda e certamente muitos viajam a estes países e podem vir a provocar o contágio. Por precaução os prefeitos do Litoral Norte aguardam receosos as novas medidas das autoridades sanitárias. A vacinação não é a certeza de imunização, mas de precaução, pois as pessoas mesmo vacinadas com duas doses podem vir a contrair a doença.

Nesta semana a região está apresentado os menores índices de óbito e contágio, desse o início da pandemia demonstrando uma lenta retração nos casos, mas que mesmo assim não se deve descuidar das medidas preventivas básicas, a começar pela higienização das mãos, não aglomeração e uso de máscaras em locais fechados e de grande movimentação.

Alguns apontam que o grande problema é os não vacinados, mas o problema está centrado nas pessoas que não tenham os cuidados necessários, vacinados ou não. A diferença maior, segundo tem se registrado é que em ambos os casos a contaminação pode ocorrer, mas no não vacinado a gravidade (dependendo da imunidade do paciente) pode ser fatal ou de grande gravidade.

O importante de tudo isto é que a população tenha aprendido a lição sobre os cuidados de prevenção e de que o fato de haver este tratamento preventivo, não quer dizer erradicação do vírus ou de diminuição de risco da sua saúde e dos familiares primeiramente e das pessoas que estejam nas aglomerações.

A medida dos prefeitos é acertada e deve ser elogiada no sentido que com isto poderá se evitar um drama maior e prejuízos ainda maiores das empresas e da geração de empregos. Isto tudo fatalmente irá refletir nos investimentos públicos por melhorias tanto na saúde, como em vários setores que se faz primordial o aporte público. Suspender o Carnaval certamente será a medida mais acertada e preventiva, pois a festa as pessoas podem realizar em suas casas ou em grupos de amigos, sem que coloquem em risco toda uma coletividade e que em suma deixará o Litoral destroçado economicamente.

Sem Carnaval e grandes espetáculos todos vivem, mas com lotações de hospitais e postos de saúde lotados passa a ser catastrófico e disto todos já viram e tiveram suas consequências.