Inflação sobre os alimentos é a que mais impacta região Sul
Foto capa: Tânia Rego
A recente alta da inflação impacta a alimentação e o consumo diário para 67% da população da região Sul neste final de 2021. Os dados são da mais recente pesquisa Radar Febraban sobre a economia e o consumo, que entrevistou três mil pessoas em âmbito nacional. O levantamento foi realizado no período de 19 a 27 de novembro.
Abastecer o tanque também está pesando no bolso. A segunda maior preocupação da população dos três estados da região Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) sobre a inflação neste final do ano é a alta do preço dos combustíveis (55%). É a região que mais citou a apreensão com a elevação desses custos (a média nacional de preocupação com a alta de combustíveis é de 42%).
Indagados sobre o que fariam com eventuais sobras do orçamento, os entrevistados responderam que preferem investir em imóveis (34%) ou reformar a casa (21%). “A pesquisa mostra que a inflação volta a ter um peso relevante na opinião pública, à medida que afeta diretamente na compra e na qualidade de vida da população. Por outro lado, sugere também que o desejo dos consumidores é por investimentos considerados conservadores”, aponta o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), responsável pela pesquisa.
PIX lidera entre os jovens
O uso do PIX caiu no gosto da população. Desde a sua implantação, há um ano, a aprovação dessa modalidade eletrônica de pagamentos e transferências financeiras atingiu 84% na região Sul. Cerca de 64% das pessoas usam o PIX, e a ferramenta oferecida pelos bancos é a considerada a mais segura do mercado por 36% dos usuários. A percepção sobre a segurança do PIX por meio dos bancos leva vantagem sobre a das fintechs (13%).
Os números indicam que a média de utilização e aprovação do PIX no Sul é ligeiramente inferior à média do Brasil. Em nível nacional, a pesquisa revela que a aprovação do PIX subiu nos últimos meses: passou de 76%, no início das operações, para 85%, e já tem a adesão de 71% dos brasileiros. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a aprovação ao PIX alcança quase a totalidade dos respondentes (99%).