POLICIAL

Homem é encontrado morto em clínica clandestina

Uma ação conjunta entre Polícia Civil e Brigada Militar (BM), resultou no fechamento de duas clínicas geriátricas que atuavam de maneira clandestina, em Capão da Canoa. A Operação, realizada na quinta-feira (8), também contou com a participação de agentes do Ministério Público (MP) e de servidores da Vigilância Sanitária e da Secretaria de Saúde de Capão.

Segundo a Polícia, um dos locais funcionava de maneira clandestina, não possuindo os registros necessários para funcionar. No lar de idosos, localizado na Rua Balduíno Reinaldo de Melo, foi encontrado o corpo de um homem. O delegado Renato Toscani informou que a vítima de 57 anos, a qual não teve a identidade revelada, era paciente da clínica e havia falecido na madruga de quinta.

Ainda conforme o delegado, oito idosos foram encontrados no local. De acordo com Toscani, eles estavam sem acompanhamento da área de saúde. “Dois estavam com sarna e um com sintomas da Covid. O local não tinha condições de higiene e os idosos estavam aglomerados em quartos minúsculos, com cerca de quatro camas em cada quarto”, declarou o delegado responsável pela delegacia de Capão da Canoa.

Os idosos foram retirados da casa e entregues aos seus familiares. Já na outra clínica, a qual possuía registro para funcionar, foram encontrados diversos remédios vencidos. Diante do fato, o local também foi interditado. Vale ressaltar que os nomes dos locais interditados e das pessoas envolvidas não foram divulgados.

Ao todo, três pessoas foram autuadas e conduzidas até a Delegacia de Polícia (DP) de Capão, onde foi registrada a ocorrência. Após prestarem depoimento, todos foram liberados e vão responder pelo crime de maus-tratos contra idosos.

De acordo com a Lei no 10.741 de 1º de outubro de 2003, em caso da pessoa colocar um idoso em “condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis”, o indivíduo está sujeito a detenção de dois meses a um ano, além de pagamento de multa. A pena ainda pode ser maior, em casos de lesão corporal (de um a quatro anos) e morte (de quatro a 12 anos), contra o idoso.

Foto: BM