Governo para os pobres
O Brasil depois de tomado o poder pela aquiescência de quem deveria prezar pela Justiça permitiu que o novo governo viesse em nome da defesa dos pobres, das minorias, da Democracia e do “amor”. Estas pretensões estão aos poucos se verificando, a começar pela Saúde pública que tem praticamente 80% da população dependente do Sistema único de Saúde. Apenas 20% possuem algum tipo de plano de saúde particular em sua grande maioria planos empresariais de assistência médica. Mas nem estes têm a garantia de seguirem com seus planos de saúde pelo alto valor das mensalidades.
O governo segue arrochando o Sistema de Saúde com pequenos investimentos considerando a necessidade para melhoria e dignidade do atendimento. O reajuste da Tabela SUS para procedimentos hospitalares precisa ser efetuado para que as instituições em sua grande maioria filantrópicas possam sobreviver e seguirem dando atendimento pelo SUS que é justamente quem atende a população mais carente.
A desconsideração e o deboche são tamanhos com a saúde do povo que em vez de o Sistema se preocupar em atender a grande demanda por cirurgias e pequenos procedimentos passou a incluir no SUS “tratamentos” sem eficácia comprovada como é o caso da ozônioterapia e sessões de umbanda. Uma para introduzir via retal e a outra para desincorporar espíritos malignos.
O pior disto é o silencio da classe médica sobre estas novas inclusões de atendimento ao SUS, onde o médico será substituído por um aplicador de gás retal ou por um “pai de santo”. Nada contra quem assim deseja, mas incluir este tipo de despesa num sistema combalido de atendimento puramente profissional de médicos é atacar pelos flancos o Ato Médico. O CFM – Conselho Federal de Medicina em sido tão incisivo em não liberar novos cursos de Medicina e até mesmo quando houve os falsos médicos cubanos que para cá vieram ser escravizados, agora contemplam estas idiossincrasias que desmistificam a figura do médico. Esqueceram que foi este governo que fez a classe médica se omitir diante da pandemia e ser desrespeitada tal qual foi a médica durante a CPI da Covid.
Enquanto os investimentos na saúde são paliativos o governo insiste em investir em obras faraônicas com enorme volume de recursos públicos para ficarem inacabadas como a BR 116 e sua duplicação, o tal “legado da Copa”, viadutos e pontes espalhadas pelo país sem conclusão, bem como sistemas de transporte público que em algumas cidades nem mesmo chegou a operar e já estava apresentando problemas. Estaria este governo querendo ser recordista de mortes por fala de atendimento na saúde, mesmo não tendo a falsa ideia de pandemia?
Quer este governo levar bilhões para fora do país para investir em países de esquerda e que fatalmente deixarão a conta para o tesouro nacional como assim fez Cuba e a Venezuela. A riqueza gerada no país para financiar obras suntuosas em países com alto risco de calote, como é o caso da Argentina e seu gasoduto. Enquanto isto, milhares de pessoas no país deixaram de receber o Auxílio Brasil que se tornou em Bolsa Família e extinguiu muitas famílias e pessoas do cadastro sem avaliar as condições sócio econômicas do beneficiado. Uma falsa distribuição de renda e que somente vai concentrar ainda mais nos grandes bancos e empreiteiras.
Enquanto dizem ser os juros altos é de se pensar que quando o indivíduo gasta tudo seu crédito e deixa de pagar é para alguém ter prejuízo e o inadimplente passa a depender mais e mais do governo tirando a dignidade de auto sustento do indivíduo. O governo somente pensa em gastar acima do que arrecada sem se preocupar se irá gerar inflação ou ter de tirar mais do bolso do trabalhador com impostos. Algo que algo estaremos vendo e muitos já estão sentindo que estão empobrecendo gradativamente, enquanto o pobre que já dependia do auxílio social fica a cada dia a receber mais migalhas sem que se importem com a dignidade do cidadão e seu orgulho próprio. Algo que certamente vai corroborar com o aumento de consumo de drogas e com a criminalidade.
Mas este é o governo para os pobres que certamente darão direito a um terreninho à 7 palmos do chão, isto se a cremação não vier a ser uma ação social.