Fábrica volta a funcionar após suspeita de intoxicação

Fábrica volta a funcionar após suspeita de intoxicação

Após um incidente ocorrido na última sexta-feira (16), uma fábrica de Santo Antônio da Patrulha (SAP) retornou a funcionar com as suas atividades. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar (CBM), um grupo de funcionários teria passado mal enquanto trabalhava no local, na Costa do Miraguaia.

Ao chegarem a fábrica de empresa Da Colônia Alimentos Naturais, os bombeiros, imediatamente, isolaram o local. Ao menos, 10 pessoas precisaram receberam atendimento pré-hospitalar. Ao todo, 19 funcionários foram levados ao Hospital de Santo Antônio (HSAP). A causa de todos passarem mal estaria relacionada com intoxicação a partir da inalação de um gás produzido pela reação química provocada pela mistura de produtos utilizados na higienização da fábrica.

Conforme a engenheira química Cintia Silveira Lopes, responsável técnica e coordenadora da equipe de controle de qualidade da empresa, não houve uma contaminação tóxica, como os bombeiros relataram. Conforme Cintia, a confusão teria iniciado quando os servidores realizavam a aplicação dos produtos numa espécie de bueiro, localizado dentro da área da fábrica, a qual tem aproximadamente 16 mil metros quadrados. O contato, segundo a engenheira, teria ocasionado mal-estar ao menos em duas funcionárias, sendo uma delas asmática. Cintia ainda explicou que, simultaneamente, houve uma queda de energia na região, o que deixou a fábrica sem luz, o que pode ter gerado uma espécie de “pânico coletivo”, como ela mesma pontuou. Vale ressaltar que as duas funcionárias, ficaram internadas em observação, sendo liberadas na manhã de sábado (17). Já os demais funcionários, foram atendidos e liberados ainda na sexta.

Após o ocorrido, a empresa resolveu abrir uma investigação interna para apurar os fatos. É válido destacar que nenhum produto ou matéria-prima utilizados na fabricação dos alimentos foram comprometidos. No início desta semana, a empresa entrará em contato com o HSAP para conseguir o prontuário médico dos funcionários, buscando entender o que foi relatado por eles e o que realmente aconteceu. A Da Colônia ainda garantiu que os bombeiros liberam o funcionamento da fábrica após a apresentação do laudo técnico e de todas certificações necessárias. Nos próximos dias, todos os envolvidos deverão ser ouvidos. A expectativa é que as investigações durem o prazo de até 10 dias.

Foto: CBM