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Exportação de carne suína do RS pode crescer até 35% com o reconhecimento da OIE

Inclusão do Rio Grande do Sul na zona livre de aftosa por vacinação deve abrir novas oportunidades para o setor produtivo.

O reconhecimento do Rio Grande do Sul pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) entre as novas áreas classificadas como livre de aftosa sem vacinação deve abrir novas oportunidades para os exportadores de carne suína do Brasil. O anúncio foi realizado na última quinta-feira (27), durante a 88ª Assembleia Geral da OIE.

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os exportadores gaúchos do setor podem aumentar suas vendas acima de 10% ainda esse ano, podendo alcançar até 35% em 2022, quando comparado aos volumes embarcados em 2020. “Isto, com a possibilidade de embarques de carne suína com osso e miúdos para o mercado chinês – atual principal importador dos produtos brasileiros”, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

O Estado possui potencial para alcançar até 293 mil toneladas em 2021, gerando receita de aproximadamente 715 milhões de dólares — 86 milhões a mais que em 2020. Já em 2022, as vendas gaúchas poderão alcançar 350 mil toneladas, com uma receita cambial estimada de US$ 850 milhões. Para se ter uma ideia, em 2020, os embarques totais do RS alcançaram 261 mil toneladas com uma receita de US$ 629 milhões. “O RS terá possibilidade de acesso aos mercados mais exigentes do mundo, como é o caso do Japão, Estados Unidos, Coreia do Sul, Chile e Filipinas, e este reconhecimento reforça ainda mais a excelência dos serviços sanitários brasileiros, seja federal, estadual ou municipal”, ressalta o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.

Vale ressaltar que, além do Rio Grande do Sul, outros cinco estados (Acre, Amazonas, Mato Grosso, Paraná e Rondônia) se juntaram a Santa Catarina como áreas livres de aftosa sem vacinação.

Foto: Jean Paterno