CIDADESOCIAL, CULTURA e EDUCAÇÃO

Estudantes do IFRS, Campus Osório são premiadas na Febrace

OSÓRIO – Entre os dias 20 e 24 de março, ocorreu no Inova USP, em São Paulo (SP), a 21ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). Neste ano, foram inscritos 1,8 mil projetos desenvolvidos por estudantes de Ensino Fundamental, Médio e Técnico de todo o país. Desses, 225 foram selecionados para participar do evento, sendo os vencedores conhecidos durante cerimônia realizada na última sexta-feira (24).

Mais uma vez, o Instituto Federal do RS (IFRS) esteve representado na Febrace por alunos do Campus Osório e pela 10ª edição consecutiva, a instituição foi premiada. Ao todo, três projetos do IFRS, Campus Osório foram contemplados: De autoria de Amanda Ribeiro Machado e com orientação da professora Flávia Twardowski, oprojeto Biogrape: inovação para tratamento de efluentes têxteis a partir de celulose bacteriana de vinho conquistou o 1º lugar no Ashland – Student Silver Award. Além do troféu, Amanda ganhou uma visita ao Techcenter de São Paulo, uma visita técnica à fábrica de Cabreúva, em Jundiaí (SP), além de que a estudante terá plantada uma árvore com o seu nome.

A pesquisa também conquistou o 2º lugar na categoria Ciências Agrárias e a terceira colocação no Prêmio de Inovação ASV. Além de tudo isso, a estudante conquistou a credencial para participar da Global Environmental Issues (Genius Olympiad) que trata de questões ambientais globais. O evento ocorrerá de 12 a 17 de junho deste ano, no Rochester Institute of Technology University, no Estado de Nova York (Estados Unidos).

Sobre o projeto: O objetivo foi desenvolver um material alternativo e sustentável que fosse capaz de remover os corantes utilizados pelas indústrias têxteis da água. Esse material, a celulose bacteriana, foi feito por meio de um processo fermentativo com os resíduos da produção de vinho.  Assim, desenvolveu uma alternativa capaz de tratar os efluentes têxteis utilizando a celulose bacteriana do vinho, de maneira sustentável e ecológica. Dessa forma, dá uma utilidade aos resíduos gerados após a produção de vinhos e, ao mesmo tempo, fornece uma alternativa ao tratamento de efluentes gerados pelas indústrias têxteis.

Professora Flávia e estudante Amanda Ribeiro.

OUTROS PROJETOS PREMIADOS

De autoria da estudante Victórya Leal Altmayer Silva e com orientação da professora Flávia Twardowski, o projeto Eco-socius: jogo educativo sobre a economia circular conquistou a segunda posição na categoria Ciências Humanas, além de Menção Honrosa no Prêmio Por um Mundo sem lixo do projeto Movimento Circular.

Estudante Victórya Leal ao lado da professora Flávia.

Sobre o projeto: Foi desenvolvido um jogo didático-pedagógico sobre a Educação para o Desenvolvimento Sustentável, através de diferentes habilidades e competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O jogo foi testado por 273 jovens entre 12 e 19 anos de escolas públicas e privadas, obtendo ótimos resultados, sendo avaliado pelos jogadores como um instrumento de aprendizagem e transformação social dentro e fora da sala de aula, demonstrando que é possível aprender e compartilhar conhecimentos sobre a sustentabilidade de modo lúdico e divertido.

O jogo está disponível em formato de tabuleiro, aplicativo (no Google Play Store e na App Store) e na versão Web App, compatível com qualquer dispositivo. O tabuleiro, por sua vez, pode ser baixado no website de distribuição do jogo, para possibilitar que qualquer pessoa possa imprimir, recortar e montar o jogo Eco-Socius. Esses quatros formatos de disponibilização do jogo o torna barato e acessível para toda comunidade, colaborando com a democratização do conhecimento e com cinco dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).

Estudantes Laura Drebes (esquerda) e Camily Pereira (direita) ao lado da professora Flávia.

E por fim, o projeto Sustainpads: da concepção ao público,de autoria das estudantes Laura Nedel Drebes e Camily Pereira dos Santos, que contou com orientação da professora Flávia Twardowski, ganhou o segundo lugar em Ciências Exatas e da Terra.

Sobre o projeto: Devido à problemática da pobreza menstrual e dos impactos ambientais causados pela utilização de absorventes higiênicos convencionais surgiu o SustainPads: absorventes ecológicos e acessíveis. A pesquisa foi dividida em três etapas. Na primeira foi adicionado o processo de branqueamento no tratamento das fibras vegetais absorventes que substituem o algodão convencional. Na segunda foi realizado o processo de depósito da patente do absorvente desenvolvido, que custa apenas R$ 0,02 e absorve 65% a mais do que os convencionais, através do auxílio do Escritório de Projetos do IFRS. Finalmente, foi desenvolvida uma plataforma web focada no mapeamento de mulheres em situação de vulnerabilidade, de modo a auxiliar no direcionamento das doações de absorventes. Assim, o projeto contribui para uma sociedade mais circular e para a dignidade humana.

As premiadas Camily, Victórya, Flávia, Laura e Amanda.