ESTADO EM CALAMDADE
A grande precipitação pluviométrica iniciada em final de abril trouxe a preocupação dos acontecimentos de setembro de 2023. O Rio Grande do Sul tinha previsões de fortes chuvas em vários pontos do estado e grande parte nas regiões abrangidas pelas maiores bacias hidrográficas que terminam por desaguar no rio Guaíba. A tecnologia usada para apurar eventos climáticos consegue com grande exatidão apresentar dados sobre o que está por vir com vários dias de antecedência e isto foi confirmado em abril com anúncios pelo próprio governador do Estado. O que não se fez foi usar estas informações como forma de alerta e de base para ações preventivas para que se evitasse o pior como o que se está vivenciando atualmente. Mesmo diante da catástrofe climática e da falta de preparo para articulação diante da crise se tem visto a preocupação maior com pets do que com as pessoas. Não que os mesmos não tenham de ter a devida atenção, mas um ser humano está acima de todas as demais coisas. Mas diante de que partidos políticos como o PSOL e PT com seus apoiadores do STF apoiando a morte de bebês com o aborto e novamente está se tentando neste momento buscar isto no STF é inconcebível que se chegou ao ponto de negar a contribuição de voluntários para salvar vidas e de certa forma quase os coibindo com a cobrança de habilitação para usarem equipamentos particulares para salvar pessoas das águas. Pior ainda ver um ministro acionar a PF por notícia falsa no caso do impedimento das cargas interestaduais de donativos pelo fisco estadual.
O ministro quase chamuscado da comunicação, foi salvo com a desgraça do povo gaúcho sendo empossado como um interventor, algo desnecessário se o governo federal tivesse um chefe de gabinete da presidência atuante para atender a demanda e agilizar processos na capital federal para a ajuda ao estado. Então mandaram o ministro em processo de fritura e sendo pelos seus considerado dispensável, imagine vir coordenar serviços de reconstrução de um estado inteiro e com a pujança que representava nosso estado para a economia e a política no país.
A tragédia ainda está em andamento e, passados quase um mês das fortes chuvas o estado e a União buscam se entender em como auxiliar a população atingida e em como reconstruir o estado. Neste ínterim, empresários e voluntários seguem recompondo moradias, empresas, entrega de donativos, auxílio aos desabrigados e tentando também sobreviver a tudo o que está ocorrendo.
O Estado somente é ágil quando quer tomar do contribuinte, aumentar impostos, seus salários e seus interesses, mas quando se trata de prestar serviço as dificuldades e a burocracia emperram junto com a falta de vontade política. Assim é na saúde, na educação, na segurança e em qualquer necessidade que o contribuinte possa necessitar. Felizmente a resiliência do povo gaúcho e o apego ao seu estado fazem com que se unam as forças daqueles que vivem pensando pela convivência pacífica e com a simplicidade que lhes é peculiar. Assim foi com o povo da serra que reconstruir uma ponte em dois meses por menos da metade do custo “oficial” apresentado pelo Estado e isto deveria ser exemplo para outras regiões do estado e para o próprio governo, transferindo a associações de moradores e empresários para gerirem os recursos neste momento de recuperação, pois é sabido de que obra pública tem custo elevado em várias vezes o seu real valor. Ao Estado, União e municípios deveriam realizar os projetos com seu pessoal especializado e repassar às entidades para a sua execução e destinar os recursos necessários diante do levantamento realizado por estas entidades com a garantia de o próprio povo fiscalizar a obra.
O Estado em calamidade poderia ser mais ágil e realmente dar ao se povo a condição de reconstruir a cidade e o estado em acordo com o que a realidade exige e pode oferecer. Continuar com a máquina pesada dos governos é estar a população refém da boa vontade de alguns que nem sempre assim agem.