CIDADE

Estação de Tratamento de Esgoto deverá voltar a funcionar

OSÓRIO – A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da cidade poderá voltar a funcionar depois de mais de três anos. Em maio de 2020, A Juíza da 2ª Vara Judicial da Comarca de Santo Antônio da Patrulha (SAP), Mariana Aguirres Fachel, determinou a suspensão do funcionamento da ETE.

O processo que se alonga desde 2009, tomou força entre o final de fevereiro e o início de março desse ano, quando manchas azuladas apareceram na Lagoa dos Barros. Após análises, ficou confirmado que estranha coloração na água seria causado por micro-organismos conhecidos como cianobactérias. Na época, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) emitiu uma nota informando que reduziu a emissão de efluentes na Lagoa dos Barros, chagando a desativar uma estação de bombeamento de esgoto e passando a transportar o esgoto que chega nela com caminhão para outra Estação de Osório. Porém, nem a medida realizada pela Corsan, muito menos o retorno à normalidade da cor da água da Lagoa, fizeram com que a prefeitura de Santo Antônio entrasse com o pedido na Justiça para a suspensão integral do funcionamento da Estação de Tratamento de Osório.

REUNIÃO

Nesta semana ocorrerá uma reunião entre a Corsan, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), a prefeitura de SAP e a Promotoria de Justiça do RS, que poderá definir o futuro da ETE Osório. Vale ressaltar que, hoje, a unidade operacional do sistema de esgotamento sanitário está completamente equipada para remover as cargas poluentes do esgoto coletado no município e devolver ao ambiente o efluente tratado, em conformidade com os padrões exigidos pela legislação ambiental. Foi o que atestou a vistoria técnica da Fepam.

EQUIPAMENTOS DE PONTA

Segundo a Corsan, a ETE recebeu investimento de R$ 20 milhões para modernização de todo o sistema de coleta e tratamento de efluentes e, agora, conta com filtros de polimento e bloco hidráulico para tratamento terciário, dentre outros equipamentos de ponta. De acordo com a presidente da Companhia, Samanta Takimi, pesquisas feitas por cientistas da Universidade Federal do RS (UFRGS) apontam que enquanto a Estação não funcionar, o dano ambiental será certo. “Então, precisamos colocar em operação uma estrutura que está pronta para isso, licenciada pela Fepam e respaldada pela comunidade científica gaúcha”, afirmou.