E OS CONSÓRCIOS?

O ano de 2024 começou com vários desastres naturais em ocorrência de chuvas e ventos intensos em vários estados do país. O Rio Grande do Sul em 2023 teve um grande número de enchentes que praticamente superaram marcas históricas e destruíram cidades e alarmou a população da região metropolitana com a possibilidade de cheia do Rio Guaíba.

As intempéries geram o receio de perdas de vidas e também de bens materiais, mas passado a fase crítica o resultado pode ser doenças trazidas com a cheia como a leptospirose e outras. No entanto, o que se está percebendo é que as cheias propiciaram, neste período de altas temperaturas a proliferação de mosquitos transmissores da dengue, sem a possibilidade imediata de controle.

O Rio Grande do Sul teve na segunda-feira a primeira morte em decorrência da elevação de casos de dengue no Estado. Esta tendência já começa a assustar as autoridades sanitárias pela rápida disseminação e aumento de casos como tem se verificado em cidades que foram muito atingidas pelas cheias como o caso do município de Tenente Portela que juntamente com a cidade de Muçum foram destruídas pelas cheias.

Este aumento de casos no Rio Grande do Sul nem se compara com os casos que estão surgindo no Rio de Janeiro onde o alerta é de que poderá ocorrer uma epidemia de dengue como houve no passado em estados do Nordeste. Agora com as fortes chuvas ocorrendo nas regiões sudeste e Nordeste a possibilidade de proliferação do mosquito transmissor aumenta e a dengue pode ser fatal para grupos de risco, principalmente para idosos.

Estranho que os órgãos de saúde não tenham se preocupado com a possibilidade de proliferação dos mosquitos transmissores e somente agora estão a combater com efetividade o transmissor. A dengue somente é contraída através da picada do mosquito transmissor e há quatro variantes do mesmo Flavivírus, mas uma vez contraída uma destas o indivíduo se auto imuniza. A contaminação mais grave é a da dengue hemorrágica que felizmente não é tão comum, mas podem surgir casos em meio a esta contaminação generalizada que está ocorrendo.

O governo federal por sua vez agora está se mobilizando para recuperar o tempo perdido de combate ao mosquito e não tem doses da vacina em quantidade suficiente para atender aos municípios que estão mais propensos ao surgimento de casos da doença. Nem mesmo a velha mídia tem se preocupado e buscar respostas do governo pelo descaso com o combate ao mosquito transmissor, enquanto faz propaganda de programas populistas que servem para distrair o povo do aumento de impostos e das dívidas contraídas em 2023.

Agora com a dengue as autoridades sanitárias alertam para que logo que tenham os sinais da doença procurem postos de saúde e atendimento médico, algo que era proibido durante a “pandemia” quando a gravidade da doença viram era muito maior e se tratada preventivamente nos primeiros dias evitaria internações e mortes. Aliás muito pelo contrário, os “especialistas” demonizavam qualquer tratamento preventivo e ainda insistiam no confinamento em casa para que a família fosse contaminada.

Desta vez o “consórcio” da imprensa parece não estar mobilizado para contabilizar casos e possíveis mortes, muito menos fazer alarde sobre o riscos de contaminação pela picada do mosquito que está praticamente sem controle, como é o caso do Rio de Janeiro em que o desleixo com a saúde pública é gritante por desvios de recursos e não consegue dar atendimento adequado aos seus milhares de habitantes.

Mas, e os “consórcios” para cobrarem das autoridades a urgência para o combate da doença e do mosquito transmissor por onde anda? Mas agora se trata do governo do amor e tudo pode esperar e que a dengue é controlável, tem vacina insuficiente para atender a demanda.

Nosso país já foi melhor e certamente no ritmo que está a população seguirá sofrendo e sendo enganada, assim como os nordestinos o são por décadas por governos promíscuos, que aliás tem um grande consórcio que desvios milhões durante a pandemia da Covid e ninguém foi condenado a nada. Era somente naquele tempo que vidas importavam, para que verbas públicas chegassem aos sumidouros.