GERAL

Confiança de empresários diminui em agosto

Na edição de agosto da pesquisa de Confiança dos Empresários do Comércio do Estado (ICEC-RS), divulgada pela Fecomércio-RS na terça-feira (30/08), o índice de confiança para o RS registrou 118 pontos. Esse resultado representou uma interrupção na sequência de altas, mensais e interanuais da pesquisa. A última vez que havia ocorrido uma queda anual havia sido em maio de 2021. Na comparação mensal, a última queda havia sido registrada em março de 2022. Em relação a julho, o índice teve queda de 1,7%, já na comparação interanual o recuo foi de 1,1%. Em relação ao pré-pandemia (março de 2020), o indicador segue, em nível, 5,4% abaixo.

O índice de condições atuais registrou 99,6 pontos, o que representou um recuo de 5,6% na margem e uma variação de 0,5% na comparação interanual. Nesta edição, 44,8% dos entrevistados vislumbraram alguma melhora da economia, ao passo que no mesmo período de 2021 esse percentual era de 49,2%. A variação negativa indica uma percepção mais pessimista do momento atual da economia, apesar dos impulsos fiscais recentes.

Na análise de expectativas, o subíndice registrou 143,9 pontos, permanecendo alto apesar das quedas tanto na comparação com o mês anterior quanto com relação ao ano passado.  Ao recuar 0,3% no mês e 3,8% em relação a agosto do ano passado, o indicador de expectativas foi a única influência negativa para a queda interanual da confiança dos empresários entre os grandes sub-indicadores. De acordo com a pesquisa, 84,3% dos entrevistados esperam alguma melhora para o setor. Esse percentual foi de 89,2% em agosto de 2021.

O índice de Investimentos, por sua vez, é o único indicador que opera acima do nível de pré-pandemia (+4,9%). Aos 110,7 pontos, houve registro de alta de 0,3% na comparação com o mês anterior e alta de 1,5% na relação com o mesmo período do ano passado. Neste eixo, destaque para o bom resultado do indicador de nível de Investimentos (109,4 pontos), que apresentou crescimento de 11,6% na comparação interanual e tendo o principal aumento dentre os sub-indicadores nessa base de comparação.

 “Apesar dos impulsos fiscais recentes, é indiscutível o impacto da inflação e dos juros maiores sobre a dinâmica do consumo das famílias, o que se reflete na confiança do empresariado”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

Foto: Divulgação