GERAL

Comércio gaúcho prevê aumento na venda de material escolar com início do ano letivo em fevereiro

A demanda do novo ano letivo que se aproxima no Estado é mais uma forma de movimentar o comércio gaúcho. A venda de material escolar tem influência muito semelhante à de datas comemorativas no faturamento dos estabelecimentos comerciais, tendo em vista a intensa procura dos pais por artigos como cadernos, livros didáticos, lápis, canetas, borrachas, mochilas, estojos, entre outros. O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do RS (FCDL-RS), Vitor Augusto Koch, salienta que o período que se inicia nos primeiros dias de fevereiro e se estende até o início das aulas deve ser marcado pelo incremento das vendas de material escolar.

“Em 2024 o comportamento do consumidor deve ser semelhante ao de anos anteriores e o preço segue se mantendo como o principal fator de decisão no momento da compra do material escolar. Ainda mais que houve um aumento médio de 6% nos produtos nacionais e de quase 10% nos importados. Como a compra desses artigos é uma necessidade, os pais precisam investir. Portanto, cabe aos lojistas ofertarem produtos de boa qualidade com preços que caibam no orçamento das famílias. É possível vender artigos qualificados e duráveis por valores acessíveis, gerando movimento de clientes e vendas mais amplas”, aponta Vitor Augusto Koch.

Nesse sentido, o dirigente cita como exemplo os cadernos sem personagens famosos na capa e com mais folhas, que são mais baratos do que aqueles que estampam super-heróis. “Até em função desta busca por artigos mais baratos, os pais estão indo às compras do material escolar sem estarem acompanhados de seus filhos. Esse comportamento, que cresce a cada ano que passa, ajuda a evitar que as crianças queiram os cadernos e mochilas mais caros, com personagens da moda, e acabem fazendo os pais extrapolarem o orçamento estabelecido para a aquisição dos itens escolares”, enfatiza Koch.

O presidente da FCDL-RS lembra que a atual conjuntura econômica do país deve fazer com o que o ticket médio das compras no comércio gaúcho gire em torno dos R$ 165,00. Vale destacar que a aquisição do material escolar acontece em meio a uma série de compromissos financeiros típicos do início do ano, como pagamento de IPVA e IPTU, além das férias e do Carnaval, que comprometem de maneira significativa o orçamento familiar dos gaúchos. “A média de preços não deve ser muito maior do que isso. Quando os pais compram uma mochila, que é um item mais caro, sobe o valor do ticket médio. Quando não compra a mochila e foca apenas nos cadernos, lápis, canetas e demais materiais, já ocorre a redução desse ticket. Além disso, acontece o reaproveitamento de materiais de anos anteriores e, até mesmo, o troca-troca de artigos”, avalia Vitor Augusto Koch.

Presidente da FCDL-RS Vitor Augusto Koch.

VENDAS – É importante que os lojistas estejam bem preparados para atender às necessidades de seus clientes, com especial atenção no momento do pagamento dos produtos. Como o principal objetivo dos pais é economizar na compra, um desconto concedido no pagamento à vista pode ser fundamental para sacramentar a venda. Isso estimula os pais a fazerem um esforço para quitar o débito na hora e não deixar para pagar durante o ano.

Para que lojistas e pais façam uma excelente transação comercial, a FCDL-RS dá algumas dicas importantes. A primeira delas é para os pais procurarem realizar a maior parte das compras desacompanhados dos filhos. Também é preciso estar atento para produtos importados com preços extremamente reduzidos, o que, geralmente, representa itens de péssima qualidade. Se possível, é interessante dar preferência a produtos de fabricação nacional ou com certificação pelo Inmetro.

Para os comerciantes, a dica é caprichar na sua estratégia de vendas, a fim de conquistar a preferência do consumidor. Isso pode ser feito com promoções criativas, descontos percebíveis nos produtos, a disponibilização de kits escolares prontos, além do uso maciço das redes sociais, o canal mais rápido para divulgar ações que atinjam o maior número de consumidores em um curto período.