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CASO ZÓRTEA – Polícia Civil pede prorrogação de inquérito do caso

Há mais de um mês da morte do policial rodoviário federal aposentado Fábio Cezar Zórtea, as investigações seguem em andamento. Na última quinta-feira (23), a Polícia Civil pediu a prorrogação do prazo para conclusão do inquérito sobre o caso. Zórtea morreu na madrugada do dia 23 de agosto, após ser atingido por um Policial Militar (PM) durante a abordagem aos seus dois filhos, realizada em frente a sua residência, na região central de Torres.

Segundo o delegado Juliano Aguiar de Carvalho, a medida é necessária porque algumas diligências ainda não foram concluídas. Entre as pendências da investigação, estão as oitivas de todos os PMs envolvidos na ocorrência. Segundo a Polícia, parte deles foi ouvida durante a semana passada. Além disso, a investigação aguarda prova pericial das armas utilizadas, obtenção de duas filmagens ainda não fornecidas e respostas de alguns ofícios, como o dirigido ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

INVESTIGAÇÃO

Até o momento segue sendo mantida a mesma versão pela Polícia de que após a abordagem policial contra os filhos da vítima, houve uma confusão, que terminou com disparos efetuados por parte da Brigada Militar (BM). De acordo com o laudo da perícia, o tiro que atingiu o policial rodoviário perfurou o fígado e o intestino. Fábio morreu de hemorragia interna.

Imagens da abordagem e da confusão foram gravadas por vizinhos. Em um dos vídeos, um policial militar aparece imobilizando um dos filhos do PRF, enquanto um segundo PM aparece golpeando o aposentado com um cassetete. Os filhos do policial rodoviário federal foram presos em flagrante por desacato, resistência à prisão e tentativa de homicídio. No entanto, eles foram liberados pela Justiça, posteriormente. Além dos cinco PMs, já afastados, um vigilante privado ajudou os agentes a conter Zortéa e os filhos, conforme a Polícia Civil.

O inquérito apura crime doloso contra a vida e abuso de autoridade. O advogado da família Zortéa sustenta que houve execução e tentativas de homicídio, uma vez que pai e filhos não estavam armados.

Foto: Divulgação