Caraá registrou perdas de R$ 16,3 milhões na agropecuária
A passagem do ciclone extratropical por Caraá, além das mortes e da destruição, deixou um prejuízo aos cofres do município. De acordo com o laudo da Emater, emitido na segunda-feira (19), as perdas no setor agropecuário são estimadas em R$ 16,3 milhões, sendo aproximadamente R$ 15,3 milhões somente na Agronomia. Desse valor, o prejuízo estimado na infraestrutura das propriedades atingidas pelos efeitos do temporal é R$ 10 milhões. Já a área da Pecuária, teve perda de pouco mais de um milhão de reais (veja valores detalhados no final da matéria)
Vale ressaltar que produção econômica do município é majoritariamente agrícola. Os principais itens colhidos no município são a cana-de-açúcar e produtos hortifrutigranjeiros, como repolho, beterraba e tomate. Também há lavouras de médio porte, com produção de feijão, milho e arroz. Além disso, Caraá também se destaca pela produção de derivados do açúcar, como a cachaça e o açúcar mascavo.
AJUDA DA SECRETARIA ESTADUAL
Para tentar mitigar os efeitos da catástrofe, a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Estado (Seapi) emprestou, por tempo indeterminado, duas escavadeiras hidráulicas e uma motoniveladora para o município de Caraá. Conforme o diretor do Departamento de Infraestrutura e Usos Múltiplos da Água (Dinfra), Jacir de Mello, os equipamentos vão ajudar na limpeza e recuperação de estradas vicinais e ruas da cidade, na limpeza de bocas de lobo, recolhimentos de entulhos, abertura de valetas, recuperação de cabeceiras de pontes, desassoreamento de arroios, entre outras atividades.
Além de Caraá, outros municípios também receberão o empréstimo de escavadeiras hidráulicas, retroescavadeiras, motoniveladoras e um trator. No Litoral Norte também foram contempladas as cidades de Cidreira, Itati, Mampituba, Maquiné, Mostardas, Santo Antônio da Patrulha, Tavares, Terra de Areia e Xangri-lá. “Essa é uma maneira que a Seapi tem de tentar minimizar e auxiliar esses municípios nesse momento de tantas dificuldades e reconstruções”, disse Mello.
PERDAS AGRÍCOLAS
Infraestrutura – R$ 10 milhões
Oleicultura em geral – R$ 2,5 milhões
Milho silagem – R$ 1,050 milhão
Milho grão – R$ 600 mil
Fumo – R$ 300 mil
Aipim – R$ 250 mil
Batata doce – R$ 250 mil
Moranguinho – R$ 150 mil
Silvicultura – R$ 150 mil
Feijão – R$ 46 mil
Total: R$ 15.296.000,00
PERDAS NA PECUÁRIA
Bovinocultura – R$ 980 mil
Suinocultura – R$ 38,5 mil
Apicultura – R$ 24 mil
Equinocultura – R$ 21 mil
Total: R$ 1.063.500,00