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Autora de procedimento estético que teria ocasionado morte de mulher tem prisão preventiva decretada pela Polícia

A Polícia Civil (PC) divulgou na quarta-feira (26), a prisão preventiva de Bruna Belém. A mulher, de 43 anos de idade, é suspeita de ter realizado um procedimento estético que ocasionou a morte de Karoline Vinhas Velasques. A vítima, de 56 anos, foi encontrada morta em seu apartamento, no Centro de Capão da Canoa, na manhã do último domingo (23).

Após a prisão decretada, a suspeita segue foragida da Justiça. Em nota divulgada a imprensa, o advogado de Bruna, João Miguel Pereira Ramos, afirmou que se colocou a disposição das autoridades. Porém, ele reclama que a Polícia não lhe deu acesso ao inquérito, o que, segundo o advogado, está atrapalhando seu trabalho. Questionado sobre a declaração da defesa, o delegado Marco Swirski, responsável pelo caso, disse que os autos foram disponibilizados.

O CASO

Conforme a PC, os agentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados por uma amiga de Karoline após a mulher passar mal durante a colocação de silicone nos glúteos. Porém, quando chegaram ao imóvel, na Rua Poti, encontraram a vítima morta. Imediatamente, eles acionaram a Brigada Militar (BM), que isolou o local para a realização da Perícia.

O caso foi registrado na Delegacia de Polícia (DP) de Capão e é tratado como homicídio doloso, quando não há intensão de matar. A principal suspeita é uma mulher de 43 anos, responsável por realizar o procedimento clandestino. A amiga da vítima relatou aos policiais que, ao perceber que a cirurgia não havia sido bem sucedida, a suspeita recolheu seus equipamentos e fugiu.

A autora da cirurgia foi contada em Porto Alegre e já tinha antecedentes por outras duas mortes resultantes de procedimentos estéticos caseiros. Vale ressaltar que Karoline e a amiga sabiam da reputação da mulher e, mesmo assim, resolveram seguir com a cirurgia. Na noite anterior ao ocorrido, no dia 22/03, as três chegaram a visitar um casal de pais de santo, em Santo Antônio da Patrulha, onde passaram por um ritual para proteção e preparação para o procedimento estético: “Segundo a amiga (de Karoline), o pai de santo teria afirmado que tudo correria bem, o que gerou confiança para prosseguirem”, declarou o delegado Marco Swirski. Ainda de acordo com o delegado, a suspeita, além de responder por homicídio, também responderá pelo crime de exercício ilegal de medicina.

CRÉDITO: Divulgação