Agentes penitenciários do Rio Grande do Sul agendaram para as 14h desta quarta-feira uma assembleia extraordinária no auditório do Sindicato dos Professores do RS (Cpers), no Centro de Porto Alegre, para discutir a possibilidade de greve da categoria.
A decisão ocorre um dia após encontro dos servidores com o secretário da Segurança, Cezar Schirmer, que recebeu uma série de cobranças como a garantia de promoções, a partir de novembro, a realização de concurso público e regulamentação de porte de arma através de decreto do governo. Uma das principais cobranças envolve o parcelamento de salários. Os profissionais também exigem melhores condições de trabalho.
Ainda que o secretário tenha se comprometido em responder com celeridade quais demandas podem ou não ser atendidas, a insatisfação dos agentes penitenciários com o serviço público é anterior à chegada de Schirmer no comando da pasta. O alerta é do presidente da Amapergs Sindicato, Flávio Berneira, que representa os agentes penitenciários. Ele afirmou que o governador José Ivo Sartori segue sem respeitar decisões judiciais determinando o pagamento em dia.
Berneira sustenta que o descumprimento de ordens judicias, que resultam na continuidade de atrasos salariais, é uma justificativa para eventual paralisação. “O bloco da Segurança Pública permanece totalmente mobilizado e estamos percorrendo todo o Estado nas mais diferentes comarcas. Estamos denunciando aos próprios juízes o desrespeito do governador com a Justiça e o funcionalismo. Não sabemos nem se teremos o décimo terceiro salário e, por isso, a greve está em pauta”, adiantou.